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Dilma cita o papa Francisco para falar sobre família

Presidente destacou a importância das famílias ao comentar a política do governo de combate à fome

Presidente Dilma Rousseff (PT) durante evento com artistas e intelectuais no Rio de Janeiro (Tasso Marcelo /Fotos Pública/Divulgação)
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Da Redação

Publicado em 16 de setembro de 2014 às 21h10.

Brasília - Candidata à reeleição pelo PT, a presidente Dilma Rousseff citou o papa Francisco em coletiva de imprensa no Palácio da Alvorada, ao ser perguntada sobre qual a sua concepção de família.

Dilma destacou a importância das famílias ao comentar a política do governo de combate à fome. A petista participará na noite desta terça-feira, 16, de debate promovido pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), em Aparecida (SP).

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"O meu governo tem a concepção de família que existe na realidade. Não definimos nenhuma forma de família nem temos pretensão governamental de interferir em algo que é da sociedade. Há vários tipos de família no Brasil e nós respeitamos todas elas", respondeu Dilma, ao ser indagada sobre qual a "concepção" que tinha de família.

"Vou citar o papa: quem é a presidente para definir que família existe no mundo? Não temos esse poder nem queremos", prosseguiu.

A fala da presidente remete a uma declaração do papa Francisco, que disse, após participar da Jornada Mundial da Juventude, no Rio: "Se uma pessoa é gay e procura Deus e tem boa vontade, quem sou eu para julgá-lo?".

Durante a conversa com repórteres, Dilma defendeu a valorização das famílias brasileiras. "Precisamos reforçar a família no Brasil".

"Reforçar a família é algo que permite que a gente tenha melhores valores, que a gente diminua o grau de violência e que a gente tenha uma sociedade mais democrática. Porque a família é, sem sombra de dúvidas, a grande unidade, a grande célula protetora da sociedade", afirmou.

Ao ser questionada sobre o casamento civil igualitário, uma das principais reivindicações do movimento LGBT nestas eleições, Dilma disse que o Supremo Tribunal Federal (STF) declarou que as uniões estáveis entre pessoas do mesmo sexo é "absolutamente legal" e tem "todos os direitos garantidos".

"Mas casamento religioso, cada religião define quem quer casar. Eu não posso decidir, em uma religião, se ela casa A ou B. União estável é casamento civil no Brasil", comentou a petista.

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