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Desabrigados aguardam em Heliópolis para retirar pertences

O incêndio ocorrido na madrugada de domingo (7) provocou a morte de três pessoas e deixou 19 feridas, três delas em estado grave

Vista aérea do Polo Educacional e Cultural de Heliópolis: entre os cerca de 850 desabrigados, a maioria passou a noite em casa de parentes e amigos. (Leonardo Finotti)
DR

Da Redação

Publicado em 8 de julho de 2013 às 14h00.

São Paulo - Um grupo de aproximadamente 100 pessoas aguarda, sob chuva, uma liberação para entrar nas casas e retirar pertences. O incêndio ocorrido na madrugada de domingo (7) provocou a morte de três pessoas e deixou 19 feridas, três delas em estado grave – um homem e duas mulheres. Segundo o Corpo de Bombeiros, os corpos ainda não foram identificados porque ficaram totalmente carbonizados.

“Estou esperando aqui para ver se ficou algo para eu aproveitar. Mas se entrar ali, é perigoso desabar alguma coisa em cima de mim”, disse Edilson Carneiro de Souza, 35 anos, frentista, um dos moradores que perdeu a casa e todos os móveis. Ele conta que morava em dois cômodos com um amigo e estava sozinho no momento do incêndio.

Uma das moradoras é Tereza Martinez, 51 anos, desempregada. Ela conta que morava sozinha em um barraco de apenas um cômodo. “Eu vivi aqui há mais de 25 anos e agora perdi tudo. Só fiquei com a roupa do corpo e consegui salvar meus documentos. Não tenho para onde ir e estou dormindo no posto de gasolina”, disse.

De acordo com o tenente Alexandre Obvioslo, do Corpo de Bombeiros, a entrada dos moradores continua proibida. Segundo ele, ainda não há previsão de quando o local será liberado, pois as estruturas ainda oferecem riscos. “Como se trata de residências precárias, com bastante improvisação, vai ser necessária uma análise mais criteriosa da defesa civil”, declarou.

O tenente estima que 70% da comunidade, que representa um pequeno conglomerado de toda a favela, tenham sido atingidos. Isso equivale a 50 barracos. As moradias são, na maioria, verticalizadas, com casas de até cinco andares.


O Corpo de Bombeiros ainda trabalha na busca por desaparecidos. “Neste tipo de catástrofe, em que não se sabe o número de moradores ao certo, a gente precisa continuar as buscas.” disse o tentene. A orientação dos bombeiros para os moradores que tenham sentido a falta de alguém durante o incêndio é que avise o posto de comando montado em frente à comunidade.

Entre os cerca de 850 desabrigados, a maioria passou a noite em casa de parentes e amigos. Cerca de 50 ficaram na sede do Movimento Sem Teto Ipiranga, enquanto outros permaneceram em um posto de gasolina próximo à comunidade. O prédio do MSTI recebeu nesta manhã aproximadamente 100 pessoas, que devem ficar acomodadas em um espaço de cinco salas e quatro banheiros. “Nesta noite dormiram 50 pessoas aqui, mas o local pode receber mais gente. Existe uma sala cheia de doações de roupas, que a agente vai limpar para abrigar mais famílias”, disse o coordenador do MSTI, Ercio José Rodrigues.

Assistentes sociais da prefeitura de São Paulo também estão no local prestando auxílio aos moradores, com roupas e alimentação. Eles cadastram as famílias que passarão a receber aluguel social no valor de R$ 400 por mês. A prefeitura também estuda construir moradias populares próximas ao local dos barracos que pegaram fogo.

Ainda não há informações das causas do incêndio. Porém, alguns moradores declaram ter avistado a queda de um balão, o que pode ter iniciado o fogo na comunidade.

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São Paulo - Um grupo de aproximadamente 100 pessoas aguarda, sob chuva, uma liberação para entrar nas casas e retirar pertences. O incêndio ocorrido na madrugada de domingo (7) provocou a morte de três pessoas e deixou 19 feridas, três delas em estado grave – um homem e duas mulheres. Segundo o Corpo de Bombeiros, os corpos ainda não foram identificados porque ficaram totalmente carbonizados.

“Estou esperando aqui para ver se ficou algo para eu aproveitar. Mas se entrar ali, é perigoso desabar alguma coisa em cima de mim”, disse Edilson Carneiro de Souza, 35 anos, frentista, um dos moradores que perdeu a casa e todos os móveis. Ele conta que morava em dois cômodos com um amigo e estava sozinho no momento do incêndio.

Uma das moradoras é Tereza Martinez, 51 anos, desempregada. Ela conta que morava sozinha em um barraco de apenas um cômodo. “Eu vivi aqui há mais de 25 anos e agora perdi tudo. Só fiquei com a roupa do corpo e consegui salvar meus documentos. Não tenho para onde ir e estou dormindo no posto de gasolina”, disse.

De acordo com o tenente Alexandre Obvioslo, do Corpo de Bombeiros, a entrada dos moradores continua proibida. Segundo ele, ainda não há previsão de quando o local será liberado, pois as estruturas ainda oferecem riscos. “Como se trata de residências precárias, com bastante improvisação, vai ser necessária uma análise mais criteriosa da defesa civil”, declarou.

O tenente estima que 70% da comunidade, que representa um pequeno conglomerado de toda a favela, tenham sido atingidos. Isso equivale a 50 barracos. As moradias são, na maioria, verticalizadas, com casas de até cinco andares.


O Corpo de Bombeiros ainda trabalha na busca por desaparecidos. “Neste tipo de catástrofe, em que não se sabe o número de moradores ao certo, a gente precisa continuar as buscas.” disse o tentene. A orientação dos bombeiros para os moradores que tenham sentido a falta de alguém durante o incêndio é que avise o posto de comando montado em frente à comunidade.

Entre os cerca de 850 desabrigados, a maioria passou a noite em casa de parentes e amigos. Cerca de 50 ficaram na sede do Movimento Sem Teto Ipiranga, enquanto outros permaneceram em um posto de gasolina próximo à comunidade. O prédio do MSTI recebeu nesta manhã aproximadamente 100 pessoas, que devem ficar acomodadas em um espaço de cinco salas e quatro banheiros. “Nesta noite dormiram 50 pessoas aqui, mas o local pode receber mais gente. Existe uma sala cheia de doações de roupas, que a agente vai limpar para abrigar mais famílias”, disse o coordenador do MSTI, Ercio José Rodrigues.

Assistentes sociais da prefeitura de São Paulo também estão no local prestando auxílio aos moradores, com roupas e alimentação. Eles cadastram as famílias que passarão a receber aluguel social no valor de R$ 400 por mês. A prefeitura também estuda construir moradias populares próximas ao local dos barracos que pegaram fogo.

Ainda não há informações das causas do incêndio. Porém, alguns moradores declaram ter avistado a queda de um balão, o que pode ter iniciado o fogo na comunidade.

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