Deputada cassada na Venezuela chega a Brasília
A política participará de uma audiência pública no Senado
Da Redação
Publicado em 2 de abril de 2014 às 13h53.
Brasília - A deputada venezuelana Maria Corina, hoje principal líder da oposição ao governo de Nicolás Maduro, chegou nesta quarta-feira, 2, a Brasília para participar de uma audiência pública no Senado.
Corina, que teve o mandato cassado na semana passada, disse esperar o apoio do povo brasileiro. Questionada se esperava uma posição mais clara do governo do Brasil, respondeu que "o tempo para a indiferença já passou".
"O regime do senhor Maduro nessas últimas semanas passou uma linha vermelha. No passado se tratou de enterrar as violações da democracia e dos direitos humanos, mas, graças ao movimento dos estudantes, se tirou essa fachada e o mundo pode ver o que acontece com os testemunhos nas redes sociais e os meios de comunicação internacionais", afirmou ao chegar no aeroporto de Brasília.
"Na Venezuela , não há democracia. Há um regime que atua como uma ditadura e por isso não há espaço para a indiferença. Porque a indiferença seria a cumplicidade."
Maria Corina teve seu mandato cassado em uma sessão em que estavam apenas deputados governistas. A alegação é que a parlamentar feriu a Constituição ao aceitar usar o assento do Panamá na Organização dos Estados Americanos (OEA) para falar sobre a situação de seu país. O depoimento não aconteceu, mas a Suprema Corte ainda assim manteve a cassação. Maria Corina se nega a aceitar a decisão.
"Eu sigo sendo deputada. Eu sou porque assim o decidiu o povo venezuelano e nem o senhor Maduro nem o senhor Cabello (Diosdado Cabello, presidente do Congresso) tem o poder para destituir um deputado. É uma aberração, é um ato que só acontece em ditaduras", afirmou.
Na semana passada, Maria Corina encontrou com o presidente a Comissão de Relações Exteriores do Senado, senador Ricardo Ferraço (PMDB-ES), em Lima, no Peru, e foi convidada a falar ao parlamento brasileiro. "Eu fiquei muito chocado com o que ouvi", explicou o senador. A deputada estará às 14h no Senado e amanhã irá para São Paulo, onde conversará com um grupo de venezuelanos.
"Esse é uma oportunidade que me deu o senador Ferraço para que a voz de toda a Venezuela seja ouvida e a verdade sobre o que acontece no nosso país possa ser conhecida de primeira fonte, porque nós estamos vivendo e sofrendo, disse.
"Os valores como a democracia, a institucionalidade, que são tão arraigados no Brasil estão profundamente enterrados na Venezuela. Por isso precisamos tanto de vocês, das suas vozes no parlamento, por isso estou tão agradecida."
Maria Corina foi recebida por Ferraço e por dois venezuelanos. Luis Flores, morador de Brasília, e Heitor Aguilera. O último, economista que mora em São Paulo, tirou um dia de folga para vir a Brasília receber a parlamentar e entregou a ela um buquê de rosas brancas.
"Na Venezuela não tem democracia e nem se pode chamar de ditadura. É simplesmente um país falido, é pior que uma ditadura", disse. "A deputada representa a Venezuela do futuro, da paz, do diálogo. Como cidadão, não posso deixar de demonstrar meu apoio", disse.
Brasília - A deputada venezuelana Maria Corina, hoje principal líder da oposição ao governo de Nicolás Maduro, chegou nesta quarta-feira, 2, a Brasília para participar de uma audiência pública no Senado.
Corina, que teve o mandato cassado na semana passada, disse esperar o apoio do povo brasileiro. Questionada se esperava uma posição mais clara do governo do Brasil, respondeu que "o tempo para a indiferença já passou".
"O regime do senhor Maduro nessas últimas semanas passou uma linha vermelha. No passado se tratou de enterrar as violações da democracia e dos direitos humanos, mas, graças ao movimento dos estudantes, se tirou essa fachada e o mundo pode ver o que acontece com os testemunhos nas redes sociais e os meios de comunicação internacionais", afirmou ao chegar no aeroporto de Brasília.
"Na Venezuela , não há democracia. Há um regime que atua como uma ditadura e por isso não há espaço para a indiferença. Porque a indiferença seria a cumplicidade."
Maria Corina teve seu mandato cassado em uma sessão em que estavam apenas deputados governistas. A alegação é que a parlamentar feriu a Constituição ao aceitar usar o assento do Panamá na Organização dos Estados Americanos (OEA) para falar sobre a situação de seu país. O depoimento não aconteceu, mas a Suprema Corte ainda assim manteve a cassação. Maria Corina se nega a aceitar a decisão.
"Eu sigo sendo deputada. Eu sou porque assim o decidiu o povo venezuelano e nem o senhor Maduro nem o senhor Cabello (Diosdado Cabello, presidente do Congresso) tem o poder para destituir um deputado. É uma aberração, é um ato que só acontece em ditaduras", afirmou.
Na semana passada, Maria Corina encontrou com o presidente a Comissão de Relações Exteriores do Senado, senador Ricardo Ferraço (PMDB-ES), em Lima, no Peru, e foi convidada a falar ao parlamento brasileiro. "Eu fiquei muito chocado com o que ouvi", explicou o senador. A deputada estará às 14h no Senado e amanhã irá para São Paulo, onde conversará com um grupo de venezuelanos.
"Esse é uma oportunidade que me deu o senador Ferraço para que a voz de toda a Venezuela seja ouvida e a verdade sobre o que acontece no nosso país possa ser conhecida de primeira fonte, porque nós estamos vivendo e sofrendo, disse.
"Os valores como a democracia, a institucionalidade, que são tão arraigados no Brasil estão profundamente enterrados na Venezuela. Por isso precisamos tanto de vocês, das suas vozes no parlamento, por isso estou tão agradecida."
Maria Corina foi recebida por Ferraço e por dois venezuelanos. Luis Flores, morador de Brasília, e Heitor Aguilera. O último, economista que mora em São Paulo, tirou um dia de folga para vir a Brasília receber a parlamentar e entregou a ela um buquê de rosas brancas.
"Na Venezuela não tem democracia e nem se pode chamar de ditadura. É simplesmente um país falido, é pior que uma ditadura", disse. "A deputada representa a Venezuela do futuro, da paz, do diálogo. Como cidadão, não posso deixar de demonstrar meu apoio", disse.