Depois de Flávio Bolsonaro, MP-RJ mira mais um deputado por "rachadinha"
Relatório do Coaf apontou uma movimentação atípica de R$ 4,1 milhões de ex-assessores de Pedro Augusto
Agência O Globo
Publicado em 20 de outubro de 2020 às 09h57.
O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro ( MP-RJ ) cumpre nesta terça-feira mandados de busca e apreensão em endereços do ex-deputado estadual Pedro Augusto (PSD) e outros três assessores. Segundo o MP, o material apreendido será analisado para o inquérito policial que apura possível prática de ‘rachadinha’ no antigo gabinete dele na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj).
As investigações estão sob sigilo e tiveram início a partir do relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) em 2018 - mesmo relatório que originou a investigação sobre o senador Flávio Bolsonaro e Fabrício Queiroz.
O relatório do Coaf apontou uma movimentação atípica de R$ 4,1 milhões de ex-assessores de Pedro Augusto entre janeiro de 2016 a janeiro de 2017.
Os mandados foram pedidos após investigações do Grupo de Atuação Especializada no Combate à Corrupção (GAECC/MPRJ) e contam com agentes da Coordenadoria de Segurança e Inteligência (CSI/MPRJ), da Polícia Civil, e do Departamento Geral de Combate à Corrupção e ao Crime, ao Crime Organizado e à Lavagem de Dinheiro (DGCOR-LD).
Pedro Augusto não conseguiu se reeleger na Alerj. Ele é o 1º Suplente do PSD do Rio de Janeiro na Câmara dos Deputados e, portanto, caso a deputada federal Flordelis tenha o mandato cassado, é Pedro Augusto quem assume a vaga. A deputada é acusada pela Polícia Civil do Rio de ser a mandante da morte do marido, o pastor Anderson do Carmo.