DEM, PPS e PSDB vão isolar Maranhão, diz Pauderney
O movimento vai na contramão do que está sendo articulado pelo ministro em exercício, que tenta negociar com os líderes uma trégua na pressão pela sua renúncia
Da Redação
Publicado em 12 de maio de 2016 às 20h33.
Brasília - O líder do DEM, Pauderney Avelino (AM), disse nesta quinta-feira, 12, que o partido, juntamente com outras siglas como PPS e PSDB, pretende "isolar" o presidente interino da Câmara dos Deputados, Waldir Maranhão (PR-MA), no plenário da Casa nas próximas duas semanas.
O movimento vai na contramão do que está sendo articulado pelo ministro em exercício da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima (PMDB-BA), que tenta negociar com os líderes uma trégua na pressão pela renúncia de Maranhão por 15 dias.
Entre os dois, há o consenso de que Maranhão não pretende renunciar à presidência, como defendem diversos deputados.
Caso queira permanecer no cargo, Pauderney afirma que "não há solução simples, nem rápida", mas avalia que a saída de Maranhão é necessária. O líder do DEM admitiu que está sendo procurado por parlamentares do 'centrão', composto pelo PR, PSD e PTB, para que mude de ideia, mas está irredutível sobre a sua posição.
"Nunca levei ninguém ao Conselho de Ética, mas nesse caso eu fiz questão de ir pessoalmente", declarou o democrata.
Segundo ele, o presidente interino "manchou a imagem" da Câmara ao anular o processo de impeachment de Dilma Rousseff, na última segunda, 9 - Maranhão voltou atrás da decisão no mesmo dia.
A mesa diretora da Câmara não despachou para o Conselho de Ética, como era esperado, a representação protocolada nesta semana contra Maranhão.
Pauderney contou já ter preparada, no entanto, uma questão de ordem que será apresentada em plenário na próxima terça-feira, 17, e a consulta à Comissão de Constituição e Justiça para declarar a presidência da Câmara vaga.
Os partidos haviam dado um prazo até hoje para que Maranhão renunciasse ao cargo, mas o interino ignorou o ultimato.
A proposta de Geddel seria de que os partidos aguardassem os primeiros 15 dias do governo Michel Temer para então discutir a situação de Maranhão.
O objetivo seria não prejudicar as votações durante o início do mandato da gestão provisória. Já Pauderney sugere que nas próximas duas semanas o colégio de líderes da Casa comande as votações no plenário, isolando o presidente interino de qualquer decisão.
Ele ainda não presidiu nenhuma sessão. Um grupo de parlamentares, entre eles o deputado Miro Teixeira (Rede-RJ) e o líder do PPS, Rubens Bueno (PR) se reuniu nesta quinta-feira na liderança do DEM para buscar "soluções" regimentais para o impasse.
Uma das principais estratégias seria defender que seja declarada a vacância do cargo de presidente da Casa, ocupado por Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que teve o mandato de deputado federal suspenso pelo Supremo Tribunal Federal (STF) na última semana.
Assim, novas eleições para a função teriam que ser convocadas. Os deputados ainda estudam a viabilidade da ideia. Para Pauderney, "se a vaga ficar vaga, o caso de Maranhão na vice-presidência ficaria secundário".
Maranhão não foi à Câmara ao longo de todo o dia e cancelou o único evento da sua agenda oficial, que seria participar da posse do ministro Gilmar Mendes no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Brasília - O líder do DEM, Pauderney Avelino (AM), disse nesta quinta-feira, 12, que o partido, juntamente com outras siglas como PPS e PSDB, pretende "isolar" o presidente interino da Câmara dos Deputados, Waldir Maranhão (PR-MA), no plenário da Casa nas próximas duas semanas.
O movimento vai na contramão do que está sendo articulado pelo ministro em exercício da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima (PMDB-BA), que tenta negociar com os líderes uma trégua na pressão pela renúncia de Maranhão por 15 dias.
Entre os dois, há o consenso de que Maranhão não pretende renunciar à presidência, como defendem diversos deputados.
Caso queira permanecer no cargo, Pauderney afirma que "não há solução simples, nem rápida", mas avalia que a saída de Maranhão é necessária. O líder do DEM admitiu que está sendo procurado por parlamentares do 'centrão', composto pelo PR, PSD e PTB, para que mude de ideia, mas está irredutível sobre a sua posição.
"Nunca levei ninguém ao Conselho de Ética, mas nesse caso eu fiz questão de ir pessoalmente", declarou o democrata.
Segundo ele, o presidente interino "manchou a imagem" da Câmara ao anular o processo de impeachment de Dilma Rousseff, na última segunda, 9 - Maranhão voltou atrás da decisão no mesmo dia.
A mesa diretora da Câmara não despachou para o Conselho de Ética, como era esperado, a representação protocolada nesta semana contra Maranhão.
Pauderney contou já ter preparada, no entanto, uma questão de ordem que será apresentada em plenário na próxima terça-feira, 17, e a consulta à Comissão de Constituição e Justiça para declarar a presidência da Câmara vaga.
Os partidos haviam dado um prazo até hoje para que Maranhão renunciasse ao cargo, mas o interino ignorou o ultimato.
A proposta de Geddel seria de que os partidos aguardassem os primeiros 15 dias do governo Michel Temer para então discutir a situação de Maranhão.
O objetivo seria não prejudicar as votações durante o início do mandato da gestão provisória. Já Pauderney sugere que nas próximas duas semanas o colégio de líderes da Casa comande as votações no plenário, isolando o presidente interino de qualquer decisão.
Ele ainda não presidiu nenhuma sessão. Um grupo de parlamentares, entre eles o deputado Miro Teixeira (Rede-RJ) e o líder do PPS, Rubens Bueno (PR) se reuniu nesta quinta-feira na liderança do DEM para buscar "soluções" regimentais para o impasse.
Uma das principais estratégias seria defender que seja declarada a vacância do cargo de presidente da Casa, ocupado por Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que teve o mandato de deputado federal suspenso pelo Supremo Tribunal Federal (STF) na última semana.
Assim, novas eleições para a função teriam que ser convocadas. Os deputados ainda estudam a viabilidade da ideia. Para Pauderney, "se a vaga ficar vaga, o caso de Maranhão na vice-presidência ficaria secundário".
Maranhão não foi à Câmara ao longo de todo o dia e cancelou o único evento da sua agenda oficial, que seria participar da posse do ministro Gilmar Mendes no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).