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Delegado que fez buscas na casa do filho de Lula é afastado

O delegado Rodrigo Galazzo fez buscas na residência do filho adotivo do ex-presidente para verificar denúncias de suposto uso de drogas no local

Lula: Marcos Cláudio é filho do primeiro casamento da ex-primeira-dama Marisa Letícia (Nacho Doce/Reuters)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 11 de outubro de 2017 às 21h51.

São Paulo - A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo determinou nesta quarta-feira, 11, o afastamento do delegado da Polícia Civil Rodrigo Galazzo que fez buscas na residência do filho adotivo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva , Marcos Cláudio, para verificar denúncias de suposto uso de drogas no local.

Por ordem do secretário Mágino Alves Barbosa, foi aberto procedimento administrativo "para apurar em que condições ocorreu a diligência de buscas".

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Segundo o comando da Polícia, "para preservação das investigações" o delegado Rodrigo Galazzo, responsável pela operação, vai ficar fora das funções até conclusão da apuração.

As buscas foram realizadas na terça-feira, 10, com autorização judicial - em cumprimento ao mandado expedido pela juíza Marta Brandão Pistelli.

A polícia alegou ter recebido denúncias de suposto uso de drogas na casa. Os agentes não encontraram entorpecente no local, mas apreenderam computador e mídias na residência de Marcos Cláudio. Uma juíza de Paulínia mandou devolver o material.

Marcos Cláudio Lula da Silva, filho do ex-presidente, foi diretor do Departamento de Turismo e Eventos da prefeitura de São Bernardo do Campo (SP), com salário de R$ 5,7 mil. Ele foi nomeado pelo ex-prefeito Luiz Marinho (PT).

Marcos já tentou se eleger vereador na cidade pelo PT, em 2008, mas teve a candidatura indeferida pelo Tribunal Superior Eleitoral.

Ele é filho do primeiro casamento da primeira-dama Marisa Letícia, e depois foi adotado por Lula.

Outro lado

Em nota, o advogado Cristiano Zanin Martins, que defende a família Lula, afirmou: "A busca e apreensão, feita a partir de denúncia anônima e sem base, não encontrou no local o porte de qualquer bem ou substância ilícita, o que é suficiente para revelar o caráter abusivo da medida."

Nota da polícia: "O secretário da Segurança Pública, Mágino Alves Barbosa Filho, determinou instauração de procedimento administrativo para apurar em que condições ocorreu a diligência de busca e apreensão realizada ontem (10), em uma residência no município de Paulínia. Para preservação das investigações, o delegado responsável pela diligência também será afastado do caso."

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