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Decreto sobre uso das Forças Armadas nas estradas não deve ser prorrogado

Decisão final será tomada na segunda-feira, quando governo espera que estejam solucionados os dois últimos pontos de preocupação: porto de Santos e RS

Greve: governo entende que precisa estar atento a todas as mobilizações porque considera que existe uma verdadeira "guerrilha digital" (Ueslei Marcelino/Reuters)

Greve: governo entende que precisa estar atento a todas as mobilizações porque considera que existe uma verdadeira "guerrilha digital" (Ueslei Marcelino/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 1 de junho de 2018 às 20h49.

Última atualização em 1 de junho de 2018 às 20h49.

São Paulo - O presidente Michel Temer não deverá prorrogar o decreto de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) que vence na segunda-feira, 4, que prevê o emprego das Forças Armadas em todo o País na desobstrução de estradas.

A decisão final será tomada após avaliação de situação na segunda-feira, quando o governo espera que estejam solucionados os dois últimos pontos de preocupação ainda existentes: porto de Santos e Rio Grande do Sul. Há também uma atenção especial em relação à entrada de Fortaleza, onde houve conflitos no meio da semana e a situação não de é total tranquilidade e dispersão.

A não prorrogação da GLO em todo o País, de acordo com interlocutores do presidente, não significa desmobilização do governo em relação ao monitoramento das manifestações pelo país. A reuniões continuarão a ser realizadas no Palácio do Planalto, no fim de semana, inclusive.

Neste sábado, a reunião está marcada para às 10 horas. O governo entende que precisa estar atento a todas as mobilizações porque considera que existe uma verdadeira "guerrilha digital".

Além disso, há a avaliação de que não podem desmobilizar porque, de acordo com um dos integrantes do grupo de acompanhamento, um descuido poderia levar a se perder a guerra.

As Forças Armadas ainda estão presentes, neste final de tarde de sexta-feira, garantindo as operações no Porto de Santos, em São Paulo, em Suape, Pernambuco, e no Rio Grande do Sul. Em Chorozinho, no Ceará, embora a situação seja considerada sob controle, há temor de recrudescimento da mobilização porque a agitação ainda é muito grande entre os caminhoneiros. Por isso mesmo, a inteligência do governo está acompanhando de perto, toda essa movimentação.

Em Brasília, o governo está monitorando de perto, também, a tentativa de mobilização do representante dos motoristas autônomos do Centro Oeste e filiado ao Podemos de São Paulo, o caminhoneiro Wallace Landim, conhecido como Chorão, que divulgou vídeo convocando caminhoneiros do país a ir para Brasília protestar contra o governo de Michel Temer.

Embora ele tenha 12 mil seguidores nas redes sociais, e tenha anunciado que mais de mil estariam presentes no protesto organizado por ele, apenas três caminhões estiveram no estacionamento do Estádio Mané Garrincha para ouvi-lo.

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