Cunha nega pedido de AGU para Dilma apresentar nova defesa
Cunha justificou sua decisão dizendo que no impeachment de Collor não foi adotado este procedimento, e que a Câmara vai "fazer igual"
Da Redação
Publicado em 15 de abril de 2016 às 14h34.
Brasília - O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), informou nesta sexta-feira, 15, que negou o pedido do Advogado Geral da República, José Eduardo Cardozo, para realizar uma nova defesa da presidente Dilma Rousseff , após a apresentação do relatório do impeachment no plenário da Câmara .
A previsão é de que o relator, deputado Jovair Arantes (PTB-GO), leia em plenário o parecer favorável ao afastamento da presidente na tarde deste domingo.
"Não houve no impeachment do presidente Collor essa previsão (de nova realização da defesa de Dilma). Não foi feito desse jeito e vamos fazer igual. Já respondemos esse ofício por escrito. E entendemos que nesse momento não é cabível. Seria alterar o rito do impeachment do ex-presidente Collor e não desejamos fazer isso", ressaltou Cunha após deixar o plenário da Casa.
Na sessão de hoje, José Eduardo Cardozo apresentou, em plenário, argumentos do governo contra o afastamento de Dilma. "Retaliação não é fator decisório para afastar uma presidente da República", afirmou o ministro-chefe da AGU, ressaltando que essa é uma questão que ainda está sendo debatida pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Cardozo avaliou ainda que, se aprovado, o processo de impeachment de Dilma se qualificará como uma "ruptura institucional".
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Ao deixar o plenário da Casa, Eduardo Cunha também comentou sobre a decisão dos ministros do STF que negaram ontem as liminares apresentadas pelo AGU e partidos da base aliada. Na decisão, o Supremo também manteve a votação do processo de impeachment neste domingo.
"Acho que ficou claro para todo mundo que muitas das partes que foram alegadas é chicana. Muitas chicanas estão sendo feitas e podem vir a ser feitas. O Supremo, na nossa avaliação, agiu com correção fazendo uma sessão célere para buscar uma resposta. E prestou o seu serviço jurisdicional à sociedade", afirmou Cunha.
Segundo ele, a previsão é de que as sessões de discussão do processo de impeachment sejam realizadas continuamente até domingo.
"Duas horas já foram cumpridas. Se não houver a utilização de tempo direto, dificilmente você vai conseguir concluir. Então, o provável é que não tenha interrupção. Vai direto até domingo. Uma sessão atrás da outra até concluir", ressaltou.
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"Não houve no impeachment do presidente Collor essa previsão (de nova realização da defesa de Dilma). Não foi feito desse jeito e vamos fazer igual. Já respondemos esse ofício por escrito. E entendemos que nesse momento não é cabível. Seria alterar o rito do impeachment do ex-presidente Collor e não desejamos fazer isso", ressaltou Cunha após deixar o plenário da Casa.
Na sessão de hoje, José Eduardo Cardozo apresentou, em plenário, argumentos do governo contra o afastamento de Dilma. "Retaliação não é fator decisório para afastar uma presidente da República", afirmou o ministro-chefe da AGU, ressaltando que essa é uma questão que ainda está sendo debatida pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
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Segundo ele, a previsão é de que as sessões de discussão do processo de impeachment sejam realizadas continuamente até domingo.
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