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Cunha escreve à mão os termos de delação premiada, diz jornal

Ainda na semana passada, Cunha afirmou à PF não ter sido procurado para fazer acordo de delação, mas agora estaria escrevendo suas histórias à mão

O ex-presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (Ueslei Marcelino/ Reuters) (Ueslei Marcelino/Reuters)

Luiza Calegari

Publicado em 23 de junho de 2017 às 10h01.

Última atualização em 23 de junho de 2017 às 10h08.

São Paulo - O ex-deputado Eduardo Cunha estaria há mais de um mês escrevendo à mão os termos de uma proposta de delação premiada , de dentro da sua cela de prisão, segundo a Folha de S.Paulo.

Cunha escreve, em folhas brancas soltas, as histórias que quer contar ao Ministério Público, em um acordo de delação negociado no âmbito da Lava Jato.

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Entre as histórias que o ex-deputado pode revelar, haveria um suposto esquema de propina para liberação de verbas do Fundo de Investimento do FGTS.

Segundo a reportagem, o trabalho começou na segunda semana de maio. No dia 20 do mês passado, ele tinha dito a advogados que não teria "estômago" para fazer delação premiada.

Segundo pessoas próximas de Cunha, ele resolveu mudar de ideia em relação a um acordo depois de saber que Lucio Funaro, apontado como seu operador, também resolveu fazer delação.

Ainda na semana passada, Eduardo Cunha prestou depoimento à Polícia Federal negando ter sido procurado para fazer delação.

No mesmo depoimento, também negou as implicações da delação de Joesley Batista, afirmando que seu silêncio "nunca esteve à venda" e dizendo que não estava recebendo dinheiro para não contar o que sabe.

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