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Cunha desmente Joesley

O ex-deputado Eduardo Cunha afirmou à Polícia Federal que “seu silêncio nunca esteve à venda”. Condenado a 15 anos de prisão pelo juiz Sergio Moro, Cunha, segundo o advogado Rodrigo Sánchez Rios, negou que tenha sido procurado para que não fizesse um acordo de delação premiada em troca de dinheiro. O ex-presidente da Câmara também […]

EDUARDO CUNHA: o ex-deputado afirmou que “seu silêncio nunca esteve à venda” / Rodolfo Buhrer/ Reuters

EDUARDO CUNHA: o ex-deputado afirmou que “seu silêncio nunca esteve à venda” / Rodolfo Buhrer/ Reuters

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Da Redação

Publicado em 14 de junho de 2017 às 18h57.

Última atualização em 23 de junho de 2017 às 18h48.

O ex-deputado Eduardo Cunha afirmou à Polícia Federal que “seu silêncio nunca esteve à venda”. Condenado a 15 anos de prisão pelo juiz Sergio Moro, Cunha, segundo o advogado Rodrigo Sánchez Rios, negou que tenha sido procurado para que não fizesse um acordo de delação premiada em troca de dinheiro. O ex-presidente da Câmara também teria dito que nem o presidente Michel Temer nem alguém próximo a ele o procurou para tratar de qualquer oferta desse tipo. 

Cunha depôs na condição de testemunha no inquérito que investiga se o presidente Michel Temer cometeu crimes de corrupção, obstrução de Justiça e formação de organização criminosa. A investigação surgiu da delação premiada dos executivos da JBS, incluindo Joesley Batista.

No áudio da já famosa conversa entre Joesley e Temer, o empresário afirma que mantinha pagamentos semanais de 500.000 reais a Cunha. O presidente, ao ouvir o relato, respondeu: “Tem que manter isso aí, viu”. Temer afirmou que não acreditou no empresário. “Com relação aos pagamentos para ele, Joesley mentiu”, diz Rios. O depoimento de cunha à PF durou quase 1 hora e meia. 

Apesar do relato desta quinta-feira ser uma boa notícia para o presidente, o Planalto ainda segue preocupado com uma possível delação de Cunha, que teme o que Lucio Funaro, operador financeiro do PMDB, possa contar sobre ele num esperada delação. Cunha agiu como fiel escudeiro de Temer na questão da JBS, mas ainda permanece incerto como se comportará com o avanço das investigações.

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