Cúmplice de brasileiro que matou família na Espanha é preso
Amigo íntimo de François Patrick Nogueira Gouveia, Marvin Henriques Correia, de 18 anos, foi preso em João Pessoa e colocado em prisão preventiva
AFP
Publicado em 28 de outubro de 2016 às 15h39.
Última atualização em 28 de outubro de 2016 às 15h39.
A polícia brasileira prendeu nesta sexta-feira um suposto cúmplice do brasileiro de 19 anos, suspeito de ter assassinado e esquartejado membros de sua família na Espanha , que teria lhe dado "conselhos em tempo real pelo WhatsApp".
Amigo íntimo de François Patrick Nogueira Gouveia, que confessou ter matado seu tio, tia e os dois filhos do casal em agosto, Marvin Henriques Correia, de 18 anos, foi preso em João Pessoa e colocado em prisão preventiva.
Os quatro corpos embrulhados em sacos plásticos foram encontrados pela polícia espanhola em 18 de setembro na casa da família em Pioz, cerca de 60 km a leste de Madri.
"Durante a execução do crime, Patrick trocou mensagens no WhatsApp em tempo real com o suspeito preso na Paraíba. Patrick perguntava como agir, como esconder os corpos, o que fazer", disse o delegado Reinaldo Nobrega.
Segundo a polícia, imagens dos corpos cortados em pedaços foram encontradas no celular do suposto cúmplice.
"Ele só acreditou que Patrick havia realmente matado a família quando viu as fotos. Mas mesmo sabendo que o crime tinha sido cometido, ele continuou a ajudar Patrick, o que faz dele um cúmplice", disse Nobrega.
A Polícia Civil brasileira explicou que Marvin Henriques Correia não pode ser extraditado para a Espanha e responderá à justiça no Brasil. Sua audiência está marcada para a próxima segunda-feira.
Após retornar voluntariamente para a Espanha em 19 de outubro para ser interrogado pelos investigadores da Guarda Civil espanhola, François Patrick Gouveia Nogueira disse ter se rendido a um "desejo incontrolável de matar".
O jovem, descrito como uma pessoa solitária, egocêntrica e narcisista, propenso a beber, foi indiciado pelo assassinato do casal e morte de duas crianças, com idades entre três e um ano.
A família Nogueira foi morta em 17 de agosto e a cena do crime foi descoberta um mês depois por um vizinho intrigado pelo mau cheiro.