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Crivella diz que Freixo vai fazer "revolução bolchevista" no Rio

O candidato do PRB recebeu o apoio do deputado estadual Carlos Roberto Osorio, candidato pelo PSDB, que havia defendido a neutralidade de seu partido

Rio de Janeiro: segundo Crivella, a relação com Freixo foi cordial durante o primeiro turno (Agência Brasil/José Cruz)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 19 de outubro de 2016 às 17h22.

Última atualização em 19 de outubro de 2016 às 17h51.

Rio - O candidato do PRB à prefeitura do Rio, Marcelo Crivella, acusou seu adversário, Marcelo Freixo (PSOL), de querer transformar o Rio num "bunker da esquerda" e de querer fazer "revolução bolchevista via impostos".

Ele fez a afirmação em encontro na Associação Comercial do Rio de Janeiro, em que se apresentou aos empresários como o candidato que poderia dialogar com o governo federal e com parlamentares.

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Segundo Crivella, a relação com Freixo foi cordial durante o primeiro turno.

"Jamais pude imaginar que na televisão, e de maneira maciça, eu fosse ser acusado de ter acordo com milícia, de ser racista, de explorar os pobres. De repente, sou apresentado na televisão como um monstro. Isso é espírito totalitário. Alguém que andava do meu lado, era companheiro, se torna dessa maneira meu algoz. Imagine quando estiver na Prefeitura, ungido e com poder. Deus me livre de esse dia chegar. Nós não podemos deixar nossa cidade se transformar num bunker da esquerda, que quer, sim, fazer uma revolução bolchevista via impostos", afirmou.

A campanha de Freixo reproduziu, no horário eleitoral, vídeo em que a ex-vereadora Carminha Jerominho anuncia apoio à Crivella.

Carminha é filha do ex-vereador pelo PMDB Jerônimo Guimarães, conhecido como Jerominho, condenado à prisão por formação de quadrilha, sob acusação de comandar a maior milícia da cidade, a Liga da Justiça, atuante na zona oeste.

O irmão de Jerominho, ex-deputado pelo DEM Natalino Guimarães, também cumpre pena, também acusado de integrar o bando, que congrega policiais envolvidos com extorsões e outros crimes.

Crivella disse que errou ao escrever o livro "Evangelizando a África", em que faz duras críticas à Igreja Católica, religiões africanas, hinduísmo e espiritismo.

"O candidato a prefeito do Rio não é o missionário, é o senador", defendeu-se. "Precisamos ver agora quem pode fazer parcerias, quem pode tirar o Rio do isolacionismo, quem pode marcar uma audiência e ser recebido pelos ministros. Quero ver o PSOL conseguir com esse discurso raivoso e radical aprovar alguma coisa na Câmara e no Congresso Nacional", afirmou.

O candidato do PRB recebeu o apoio do deputado estadual Carlos Roberto Osorio, candidato à prefeitura pelo PSDB, que havia defendido a neutralidade de seu partido.

A aliança foi acertada em troca do apoio do PRB a candidatos do PSDB em outras cidades. Crivella negou que tenha discutido secretaria, mas não descarta que o PSDB integre seu governo.

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