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CPI decide convocar Ricardo Barros e envolvidos em negociações por vacina

Senadores aprovaram requerimentos nesta quarta-feira para que o deputado federal seja ouvido como testemunha, após ter sido mencionado no depoimento de Luis Miranda

CPI da Covid realiza reunião deliberativa para votar requerimentos de convocação (Marcos Oliveira/Agência Senado)
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Alessandra Azevedo

Publicado em 30 de junho de 2021 às 11h19.

Última atualização em 30 de junho de 2021 às 11h24.

A CPI da Covid aprovou nesta quarta-feira, 30, a convocação do deputado federal Ricardo Barros (PP-PR), líder do governo na Câmara, e de pessoas envolvidas em negociação por vacinas contra a covid-19. O ex-diretor de Logística do Ministério da Saúde, Roberto Dias, também precisará depor ao colegiado.

Em 25 de junho, o deputado federal Luis Miranda (DEM-DF) afirmou em depoimento à CPI que o presidente Jair Bolsonaro citou Barros ao saber de irregularidades nas tratativas pela vacina indiana Covaxin. Ao ouvir sobre pressões e possível corrupção no Ministério da Saúde, o chefe do Executivo teria dito que isso seria “coisa” do parlamentar.

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Roberto Dias foi apontado como um dos integrantes do ministério que pressionavam pela liberação da Covaxin. Ele foi exonerado na terça-feira, 29, após o jornal Folha de S. Paulo publicar entrevista com Luiz Paulo Dominguetti, representante da Davati Medical Supply no Brasil, na qual ele afirma que Dias pediu propina de US$ 1 por cada dose da AstraZeneca durante negociações pela vacina.

Os dois devem depor na semana que vem. Na quarta-feira, 7, será o depoimento de Roberto Dias. No dia seguinte, quinta-feira, 8, Ricardo Barros será ouvido. O deputado Luis Miranda será ouvido novamente, mas em sessão secreta, na terça-feira, 6. Os senadores também aprovaram a convocação de Dominguetti, que deve depor na sexta-feira, 2.

Ainda com base no depoimento de Miranda, a CPI aprovou a convocação de Regina Celia Silva Oliveira, servidora do Ministério da Saúde. No requerimento apresentado por Humberto Costa (PT-PE), o senador afirma que ela deve ser ouvida por ser "fiscal do contrato celebrado entre a União e a Bharat Biotech, representada pela empresa brasileira Precisa Medicamentos, para fornecimento de 20 milhões de doses da vacina Covaxin".

Também será convocado Marcelo Bento Pires, coordenador de logística do Ministério da Saúde, que, de acordo com o depoimento do servidor da pasta Luis Ricardo, irmão de Miranda, também teria feito pressão atípica pela liberação da Covaxin.

A CPI também aprovou a convocação do servidor terceirizado Rodrigo de Lima, que teria avisado Luis Ricardo sobre propinas no ministério, e do servidor Thiago Fernandes da Costa, um dos gestores que atuaram no contrato da Covaxin, réu em uma ação junto com Ricardo Barros.

 

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