Exame Logo

Clubes e CBF acertam votação de MP do Futebol para hoje

Segundo relator-revisor, texto será votado conforme enviado pela Câmara

Para os dirigentes dos clubes, a votação da medida provisória será benéfica e dará “fôlego” para que possam pagar as dívidas e reorganizar as contas (Tom Merton/Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 13 de julho de 2015 às 19h05.

Brasília - O presidente do Senado , Renan Calheiros (PMDB-AL), recebeu esta tarde dirigentes da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e de dez clubes de futebol para acertarem os últimos detalhes da medida provisória (MP) que renegocia as dívidas dos clubes com o governo. A votação da MP está prevista para hoje.

Logo após a reunião, o relator-revisor, senador Zezé Perrela (PDT-MG), disse que o texto será votado conforme enviado pela Câmara, porque qualquer alteração no Senado faria com que a matéria tivesse que voltar para última análise dos deputados e não haveria mais tempo para isso antes do decurso do prazo.

“Hoje, na Câmara e no Senado, há consenso. Pela primeira vez”, afirmou o relator.

“Não vamos mexer no texto aqui no Senado. Eu sou o relator revisor, poderia acatar alguma emenda, ma isso faria que o texto acabasse, porque não temos mais prazo. E como há consenso na maior parte dos pontos, vamos votar como está”, completou Perrela.

Para o secretário-geral da CBF, Walter Feldman, o texto da MP não agrada a todos os envolvidos, mas é o fruto do acordo possível.

“A modernização do futebol é inadiável. A MP é, nesse momento, um consenso. Ela não atende integralmente a nenhuma parte, nem aos clubes, nem aos jogadores, nem à CBF, nem ao Bom Senso. Mas ela é a síntese possível”, afirmou.

Para os dirigentes dos clubes, a votação da medida provisória será benéfica e dará “fôlego” para que  possam pagar as dívidas e reorganizar as contas.

“A MP “vai dar oportunidade dos clubes sobreviverem até quitarem as dívidas”, disse o presidente do Botafogo Futebol e Regatas, Carlos Eduardo Pereira.

Já o presidente do Flamengo, Eduardo Bandeira de Mello, avalia que a aprovação da medida provisória não será uma solução definitiva.

“Não resolve o problema dos clubes, nem do futebol brasileiro. Mas é um excelente ponto de partida, porque começa a endereçar uma série de questões que precisavam ser tratadas já há algum tempo”.

O texto da MP enviado pela Câmara ao Senado prevê a responsabilidade fiscal e financeira dos clubes, que deverão cumprir regularmente os contratos de encargos, inclusive o direito de imagem dos jogadores contratados e gastar no máximo 80% da receita bruta anual com o futebol.

Os clubes terão também que modificar os estatutos para prever a possibilidade de afastamento e inelegibilidade dos dirigentes com administração temerária e estabelecer mandato de até quatro anos, com apenas uma recondução para os presidentes.

Além disso, devem publicar seus balanços, conceder autonomia aos conselhos fiscais e investir no futebol feminino.

Em contrapartida, os clubes poderão parcelar os débitos com o governo em até 240 meses, pagando ao menos 50% nos primeiros dois anos, 75% até o quarto ano 90% até o quinto ano.

O restante será pago no sexto ano. O Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) devido aos jogadores poderá ser parcelado em 180 meses. Caso atrasem mais de três prestações, perderão o parcelamento.

Veja também

Brasília - O presidente do Senado , Renan Calheiros (PMDB-AL), recebeu esta tarde dirigentes da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e de dez clubes de futebol para acertarem os últimos detalhes da medida provisória (MP) que renegocia as dívidas dos clubes com o governo. A votação da MP está prevista para hoje.

Logo após a reunião, o relator-revisor, senador Zezé Perrela (PDT-MG), disse que o texto será votado conforme enviado pela Câmara, porque qualquer alteração no Senado faria com que a matéria tivesse que voltar para última análise dos deputados e não haveria mais tempo para isso antes do decurso do prazo.

“Hoje, na Câmara e no Senado, há consenso. Pela primeira vez”, afirmou o relator.

“Não vamos mexer no texto aqui no Senado. Eu sou o relator revisor, poderia acatar alguma emenda, ma isso faria que o texto acabasse, porque não temos mais prazo. E como há consenso na maior parte dos pontos, vamos votar como está”, completou Perrela.

Para o secretário-geral da CBF, Walter Feldman, o texto da MP não agrada a todos os envolvidos, mas é o fruto do acordo possível.

“A modernização do futebol é inadiável. A MP é, nesse momento, um consenso. Ela não atende integralmente a nenhuma parte, nem aos clubes, nem aos jogadores, nem à CBF, nem ao Bom Senso. Mas ela é a síntese possível”, afirmou.

Para os dirigentes dos clubes, a votação da medida provisória será benéfica e dará “fôlego” para que  possam pagar as dívidas e reorganizar as contas.

“A MP “vai dar oportunidade dos clubes sobreviverem até quitarem as dívidas”, disse o presidente do Botafogo Futebol e Regatas, Carlos Eduardo Pereira.

Já o presidente do Flamengo, Eduardo Bandeira de Mello, avalia que a aprovação da medida provisória não será uma solução definitiva.

“Não resolve o problema dos clubes, nem do futebol brasileiro. Mas é um excelente ponto de partida, porque começa a endereçar uma série de questões que precisavam ser tratadas já há algum tempo”.

O texto da MP enviado pela Câmara ao Senado prevê a responsabilidade fiscal e financeira dos clubes, que deverão cumprir regularmente os contratos de encargos, inclusive o direito de imagem dos jogadores contratados e gastar no máximo 80% da receita bruta anual com o futebol.

Os clubes terão também que modificar os estatutos para prever a possibilidade de afastamento e inelegibilidade dos dirigentes com administração temerária e estabelecer mandato de até quatro anos, com apenas uma recondução para os presidentes.

Além disso, devem publicar seus balanços, conceder autonomia aos conselhos fiscais e investir no futebol feminino.

Em contrapartida, os clubes poderão parcelar os débitos com o governo em até 240 meses, pagando ao menos 50% nos primeiros dois anos, 75% até o quarto ano 90% até o quinto ano.

O restante será pago no sexto ano. O Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) devido aos jogadores poderá ser parcelado em 180 meses. Caso atrasem mais de três prestações, perderão o parcelamento.

Acompanhe tudo sobre:Câmara dos DeputadosCBFEsportesFutebolPolítica no BrasilSenado

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Brasil

Mais na Exame