5 mil protestam contra machismo e estupro na Av. Paulista
Munidas de cartazes contra o machismo e a violência sexual, cerca de cinco mil pessoas, segundo os organizadores, protestam na Avenida Paulista
Da Redação
Publicado em 1 de junho de 2016 às 19h38.
São Paulo - Munidas de cartazes contra o machismo e a violência sexual, cerca de cinco mil pessoas, segundo os organizadores, protestam na tarde desta quarta-feira, 1º, na Avenida Paulista, região central de São Paulo .
O ato foi convocado após o estupro coletivo de uma adolescente no Rio de Janeiro na semana passada. A Polícia Militar não quis divulgar estimativa de público.
Logo na linha de frente do ato, manifestantes fizeram um cordão de isolamento para mulheres com bebês e crianças, presentes em grande número no evento. "Fui vítima de abuso sexual na infância e na idade adulta e quero que meu filho veja a mãe lutar contra esse abuso. Acho que essa participação dele desde cedo vai fazer com que ele crie empatia pelo que passamos", diz a educadora Natasha Orestes, de 30 anos, que foi ao ato com o filho Théo, de 3 anos.
"Mexeu com uma, mexeu com todas" e "pelo fim da cultura do estupro" são algumas das frases defendidas pelas mulheres em cartazes e gritos durante o ato. O grupo saiu do vão livre do Masp às 17h40 e segue em passeata para a Praça Roosevelt.
A estimativa inicial era de que o percurso fosse feito pela Rua da Consolação, mas com o confronto ocorrido mais cedo entre PMs e integrantes do movimento sem-teto na região, o trajeto foi transferido para a Rua Augusta.
O presidente em exercício, Michel Temer, também é alvo do protesto com cartazes que o chamam de "golpista, machista e fascista". Recebe crítica ainda a nomeação de Fátima Pelaes para a Secretaria das Mulheres da gestão PMDB. Religiosa, ela se declarou contrária ao aborto até em casos de estupro.
"É no mínimo contraditório o governo nomear para um órgão tão importante uma pessoa que não considera todas as opiniões sobre o tema, já se mostra fechada ao diálogo ao omitir essa posição e fecha os olhos também para um problema que é de saúde pública", diz a relações públicas Carolina Araújo, de 25 anos.
Autor de projeto que dificulta o aborto em casos de violência sexual, o deputado Eduardo Cunha também foi lembrado no protesto das manifestantes.
Mesmo com a presença majoritária de crianças e mulheres no ato, a PM levou policiais munidos de escudo e bombas de gás. Questionado pela reportagem, o aspirante a oficial responsável pela operação, que não se identificou, disse que não pretendia usar os artefatos.
Rio
Cerca de mil pessoas - mulheres, em sua maioria - se reúnem ao redor da igreja da Candelária, no centro do Rio de Janeiro, desde as 16h30 desta quarta-feira, 1, para denunciar a violência contra a mulher no Brasil e cobrar providências do poder público.
O ato também reagiu a escolha de Fátima Pelaes para a Secretária das Mulheres. "Essa escolha indica mais um retrocesso do governo federal. Dilma já encaminhava muito pouca verba para essa secretaria, e agora a situação deve piorar", avalia a universitária Mariana Nolte, de 24 anos. Líder do coletivo "Juventude Vamos à Luta", ela é uma das organizadoras do ato.
Ao longo do ato, representantes de entidades da sociedade civil fizeram discursos contra o machismo e a falta de programas de combate à violência contra a mulher. O grupo planejava seguir em passeata pela Avenida Presidente Vargas rumo à Central do Brasil.
São Paulo - Munidas de cartazes contra o machismo e a violência sexual, cerca de cinco mil pessoas, segundo os organizadores, protestam na tarde desta quarta-feira, 1º, na Avenida Paulista, região central de São Paulo .
O ato foi convocado após o estupro coletivo de uma adolescente no Rio de Janeiro na semana passada. A Polícia Militar não quis divulgar estimativa de público.
Logo na linha de frente do ato, manifestantes fizeram um cordão de isolamento para mulheres com bebês e crianças, presentes em grande número no evento. "Fui vítima de abuso sexual na infância e na idade adulta e quero que meu filho veja a mãe lutar contra esse abuso. Acho que essa participação dele desde cedo vai fazer com que ele crie empatia pelo que passamos", diz a educadora Natasha Orestes, de 30 anos, que foi ao ato com o filho Théo, de 3 anos.
"Mexeu com uma, mexeu com todas" e "pelo fim da cultura do estupro" são algumas das frases defendidas pelas mulheres em cartazes e gritos durante o ato. O grupo saiu do vão livre do Masp às 17h40 e segue em passeata para a Praça Roosevelt.
A estimativa inicial era de que o percurso fosse feito pela Rua da Consolação, mas com o confronto ocorrido mais cedo entre PMs e integrantes do movimento sem-teto na região, o trajeto foi transferido para a Rua Augusta.
O presidente em exercício, Michel Temer, também é alvo do protesto com cartazes que o chamam de "golpista, machista e fascista". Recebe crítica ainda a nomeação de Fátima Pelaes para a Secretaria das Mulheres da gestão PMDB. Religiosa, ela se declarou contrária ao aborto até em casos de estupro.
"É no mínimo contraditório o governo nomear para um órgão tão importante uma pessoa que não considera todas as opiniões sobre o tema, já se mostra fechada ao diálogo ao omitir essa posição e fecha os olhos também para um problema que é de saúde pública", diz a relações públicas Carolina Araújo, de 25 anos.
Autor de projeto que dificulta o aborto em casos de violência sexual, o deputado Eduardo Cunha também foi lembrado no protesto das manifestantes.
Mesmo com a presença majoritária de crianças e mulheres no ato, a PM levou policiais munidos de escudo e bombas de gás. Questionado pela reportagem, o aspirante a oficial responsável pela operação, que não se identificou, disse que não pretendia usar os artefatos.
Rio
Cerca de mil pessoas - mulheres, em sua maioria - se reúnem ao redor da igreja da Candelária, no centro do Rio de Janeiro, desde as 16h30 desta quarta-feira, 1, para denunciar a violência contra a mulher no Brasil e cobrar providências do poder público.
O ato também reagiu a escolha de Fátima Pelaes para a Secretária das Mulheres. "Essa escolha indica mais um retrocesso do governo federal. Dilma já encaminhava muito pouca verba para essa secretaria, e agora a situação deve piorar", avalia a universitária Mariana Nolte, de 24 anos. Líder do coletivo "Juventude Vamos à Luta", ela é uma das organizadoras do ato.
Ao longo do ato, representantes de entidades da sociedade civil fizeram discursos contra o machismo e a falta de programas de combate à violência contra a mulher. O grupo planejava seguir em passeata pela Avenida Presidente Vargas rumo à Central do Brasil.