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Casos de dengue em São Paulo crescem 144% em janeiro

Um dos fatores para a expansão da doença na Zona Leste é que a região foi fortemente afetada pela falta de água no Sistema Alto Tietê

Dengue: apesar do aumento de registros, as ações da prefeitura têm tido impacto no combate aos focos de reprodução do mosquito transmissor (James Gathany/Wikimedia Commons)
DR

Da Redação

Publicado em 23 de fevereiro de 2016 às 13h11.

Em janeiro de 2016, foram notificados 5.877 casos de dengue na cidade de São Paulo . Os números divulgados hoje (23) pela Secretaria Municipal de Saúde indicam aumento de 144% em relação às 2.406 notificações registradas em janeiro do ano passado.

“O cenário que a prefeitura trabalha, de que devemos ter mais casos neste ano, vai se confirmando”, destacou o secretário de Saúde, Alexandre Padilha. Dos casos informados em 2016, 827 foram confirmados.

Segundo Alexandre Padilha, a zona leste da capital concentra a maior parte dos casos, especialmente nos bairros do Lajeado, na região de Guaianases, e Cangaíba, na região da Penha.

Também tiveram incidência significativa da doença a região do Parque do Carmo e de Itaquera, além do Jardim São Luiz e do Sacomã, na zona sul.

A expansão da doença pela zona leste está ligada, na avaliação do secretário a diversos fatores.

Um deles é que a região foi fortemente afetada pela falta de água no Sistema Alto Tietê, que abastece essa parte da cidade.

Com isso, os moradores começaram a armazenar água, o que propicia o surgimento de focos do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue.

Além disso, o secretário destacou que em vários bairros as condições de moradia e saneamento não são as ideais.

As temperaturas mais altas são outro fator apontado por Padilha como facilitador do aumento de casos da doença neste ano.

Ação de bloqueio

De acordo com Padilha, o mapa da distribuição dos casos mostra que, apesar do aumento de registros, as ações da prefeitura têm tido impacto no combate aos focos de reprodução do mosquito transmissor da doença.

Isso porque os agentes municipais vistoriam todos os imóveis em um raio de 300 metros de cada caso notificado, o chamado bloqueio.

“O fato de você ter casos espalhados mostra que a ação de bloqueio tem sido efetiva”, disse o secretário. Ao todo, os fiscais de saúde visitaram 382 mil imóveis neste ano.

Apesar do número de casos já superar as ocorrências no mesmo período do ano passado, Padilha lembrou que o número de infectados deve aumentar daqui para frente.

“O período epidêmico para a dengue na cidade de São Paulo é dos meses de março, abril e maio”, alertou.

Os bairros mais críticos devem receber tendas para fazer atendimento de casos suspeitos de dengue. Os dois primeiros pontos passarão a funcionar a partir de amanhã (24) nos bairros do Lageado e Cangaíba.

Esse reforço das ações de saúde será feito em parceria com organizações sociais e hospitais filantrópicos de excelência.

Para facilitar a identificação dos focos da doença a prefeitura lançou hoje um aplicativo que mostra um mapa colaborativo da dengue, com informações fornecidas pelos próprios usuários. A população poderá contribuir com relatos, fotos e outras informações.

Zika e chikungunya

Além da dengue, foram notificados em janeiro 236 casos de chikungunya, também transmitida pelo Aedes aegypti.

Foram notificados ainda 47 casos de zika, sendo que quatro foram em residentes da cidade de São Paulo, apensar de não haver confirmação de que a infecção ocorreu no município.

O vírus Zika foi associado a seis casos de microcefalia na capital paulista, neste ano.

O contágio de todos os afetados, porém, teria ocorrido em outras cidades – três na Região Nordeste e três em outros municípios do estado de São Paulo.

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Em janeiro de 2016, foram notificados 5.877 casos de dengue na cidade de São Paulo . Os números divulgados hoje (23) pela Secretaria Municipal de Saúde indicam aumento de 144% em relação às 2.406 notificações registradas em janeiro do ano passado.

“O cenário que a prefeitura trabalha, de que devemos ter mais casos neste ano, vai se confirmando”, destacou o secretário de Saúde, Alexandre Padilha. Dos casos informados em 2016, 827 foram confirmados.

Segundo Alexandre Padilha, a zona leste da capital concentra a maior parte dos casos, especialmente nos bairros do Lajeado, na região de Guaianases, e Cangaíba, na região da Penha.

Também tiveram incidência significativa da doença a região do Parque do Carmo e de Itaquera, além do Jardim São Luiz e do Sacomã, na zona sul.

A expansão da doença pela zona leste está ligada, na avaliação do secretário a diversos fatores.

Um deles é que a região foi fortemente afetada pela falta de água no Sistema Alto Tietê, que abastece essa parte da cidade.

Com isso, os moradores começaram a armazenar água, o que propicia o surgimento de focos do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue.

Além disso, o secretário destacou que em vários bairros as condições de moradia e saneamento não são as ideais.

As temperaturas mais altas são outro fator apontado por Padilha como facilitador do aumento de casos da doença neste ano.

Ação de bloqueio

De acordo com Padilha, o mapa da distribuição dos casos mostra que, apesar do aumento de registros, as ações da prefeitura têm tido impacto no combate aos focos de reprodução do mosquito transmissor da doença.

Isso porque os agentes municipais vistoriam todos os imóveis em um raio de 300 metros de cada caso notificado, o chamado bloqueio.

“O fato de você ter casos espalhados mostra que a ação de bloqueio tem sido efetiva”, disse o secretário. Ao todo, os fiscais de saúde visitaram 382 mil imóveis neste ano.

Apesar do número de casos já superar as ocorrências no mesmo período do ano passado, Padilha lembrou que o número de infectados deve aumentar daqui para frente.

“O período epidêmico para a dengue na cidade de São Paulo é dos meses de março, abril e maio”, alertou.

Os bairros mais críticos devem receber tendas para fazer atendimento de casos suspeitos de dengue. Os dois primeiros pontos passarão a funcionar a partir de amanhã (24) nos bairros do Lageado e Cangaíba.

Esse reforço das ações de saúde será feito em parceria com organizações sociais e hospitais filantrópicos de excelência.

Para facilitar a identificação dos focos da doença a prefeitura lançou hoje um aplicativo que mostra um mapa colaborativo da dengue, com informações fornecidas pelos próprios usuários. A população poderá contribuir com relatos, fotos e outras informações.

Zika e chikungunya

Além da dengue, foram notificados em janeiro 236 casos de chikungunya, também transmitida pelo Aedes aegypti.

Foram notificados ainda 47 casos de zika, sendo que quatro foram em residentes da cidade de São Paulo, apensar de não haver confirmação de que a infecção ocorreu no município.

O vírus Zika foi associado a seis casos de microcefalia na capital paulista, neste ano.

O contágio de todos os afetados, porém, teria ocorrido em outras cidades – três na Região Nordeste e três em outros municípios do estado de São Paulo.

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