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Carlos Bolsonaro vai prestar depoimento na PF nesta terça-feira sobre caso da Abin paralela

A informação foi confirmada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro em entrevista à CNN Brasil

(Renan Olaz/CMRJ/Divulgação)
André Martins

Repórter de Brasil e Economia

Publicado em 29 de janeiro de 2024 às 17h56.

Última atualização em 29 de janeiro de 2024 às 18h47.

O ex-presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta segunda-feira, 29, que o seu filho, o vereador pelo Rio de Janeiro, Carlos Bolsonaro , vai prestar depoimento na Polícia Federal ( PF ) nesta terça-feira, 30. "Os advogados vão acompanhar e orientar. Não serei eu", disse em entrevista à CNN Brasil.

O ex-presidente disse que o processo está em segredo de Justiça e nem ele ou o filho têm qualquer relação com uma suposta Abin paralela, ou gabinete do ódio. "Por que não esperaram para fazer as perguntas necessárias amanhã? Que participação ele tem nessa história de Abin paralela? Gabinete do ódio? Me apresente uma matéria que prove essa história", disse.

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Na manhã desta segunda-feira, a Polícia Federal deflagrou uma operação paraapurar ações da Abin, durante o governo Bolsonaro. Carlos Bolsonaro foi um dos alvos, assim como os seus assessores.Um dos locais apontados pela fonte da PF é a Câmara Municipal do Rio de Janeiro.

Foram cumpridoss nove mandados de busca e apreensão em Angra dos Reis/RJ, Rio de Janeiro/RJ, Brasília/DF, Formosa/GO e Salvador/BA.

Segundo a PF, a operação buscou avançar no núcleo político, identificando os principais destinatários e beneficiários das informações produzidas ilegalmente no âmbito da Abin, por meio de ações clandestinas. Nessas ações eram utilizadas técnicas de investigação próprias das polícias judiciárias, sem, contudo, qualquer controle judicial ou do Ministério Público.

Na quinta-feira, 25,o ex-diretor da Abin, deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), também foi um dos alvos. Ramagem, que comandou a agência durante o governo Jair Bolsonaro ( PL), é pré-candidato à prefeitura do Rio com o apoio do ex-presidente.

O que é "Abin paralela"?

A PF investiga a invasão clandestina da rede de infraestrutura de telefonia do país e o uso de técnicas próprias de investigação policial sem a devida autorização judicial.

Segundo a investigação, o crime envolvia o uso de ferramentas de geolocalização em dispositivos móveis (celulares e tablets, por exemplo) sem autorização judicial e sem o conhecimento do próprio monitorado.

A operação é uma continuação das investigações da Operação Última Milha, deflagrada em outubro do ano passado.

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