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Candidato brasileiro à OMC gera expectativa em investidores

Para os exportadores do Brasil, a expectativa é que a nova gestão no órgão estimule o aumento das vendas brasileiras

Roberto Carvalho de Azevêdo: a expectativa é de que ambém devem ser definidas medidas para vencer as dificuldades impostas por subsídios aos produtos brasileiros (Elza Fiuza/ABr)
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Da Redação

Publicado em 16 de abril de 2013 às 09h55.

Brasília – A candidatura do brasileiro Roberto Carvalho de Azevêdo a diretor-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC) gera expectativa entre os investidores brasileiros, segundo especialistas.

Para os exportadores do Brasil, a expectativa é que a nova gestão no órgão estimule o aumento das vendas brasileiras, além de encerrar o impasse envolvendo a questão agrícola com os norte-americanos e europeus.

Também devem ser definidas medidas para vencer as dificuldades impostas por barreiras técnicas e subsídios aos produtos brasileiros.

O diretor da Guedes, Bernardo, Imamura & Associados Consultoria Internacional Ltda., Marcos Inamura, disse à Agência Brasil que os desafios para a nova gestão da OMC são claros e incluem o aumento de exportações de produtos de maior valor agregado, a concorrência da China e o fim das barreiras técnicas.

“Internamente, permanecemos com o desafio de aumentar as exportações de produtos de maior valor agregado e maior competitividade em termos de infraestrutura. Já externamente, as principais dificuldades permanecem sendo os subsídios concedidos e barreiras técnicas estabelecidas especialmente a produtos agrícolas, nos quais somos competitivos, assim como a concorrência crescente especialmente com a China”, disse ele.


Autora do livro Antidumping Subsídios e Medidas Compensatórias e colaboradora da obra Guerra Comercial ou Integração Mundial pelo Comércio? A OMC e o Brasil, a economista com especialização em comércio exterior Josefina Guedes disse à Agência Brasil que o esforço é buscar regras mais flexíveis para viabilizar os investimentos brasileiros e o crescimento das exportações.

“Deveríamos ter regras mais flexíveis para viabilizar nossos investimentos e crescimento, não podemos submeter os interesses nacionais aos interesses únicos da Argentina, por exemplo, e com isso parar o país”, ressaltou Josefina Guedes referindo-se aos contenciosos envolvendo Brasil e Argentina.

A especialista porém lembrou que as dificuldades também envolvem os norte-americanos e europeus. “Em relação aos norte-americanos e europeus, temos a questão agrícola que precisa ser resolvida. Todos sabemos que é um assunto muito delicado, principalmente na Europa, onde a agricultura é tratada como uma questão social. Tal tema só deve ser tratado em fórum multilateral, como a OMC”, disse.

Josefina Guedes acrescentou que “seria muito interessante fazermos acordos de livre comércio com os Estados Unidos e a Europa, mas as regras agrícolas não devem ser tratadas em acordos bilaterais ou plurilaterais, acredito que esse é um ponto central do problema entre esses dois grandes parceiros e o Brasil”.

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Também devem ser definidas medidas para vencer as dificuldades impostas por barreiras técnicas e subsídios aos produtos brasileiros.

O diretor da Guedes, Bernardo, Imamura & Associados Consultoria Internacional Ltda., Marcos Inamura, disse à Agência Brasil que os desafios para a nova gestão da OMC são claros e incluem o aumento de exportações de produtos de maior valor agregado, a concorrência da China e o fim das barreiras técnicas.

“Internamente, permanecemos com o desafio de aumentar as exportações de produtos de maior valor agregado e maior competitividade em termos de infraestrutura. Já externamente, as principais dificuldades permanecem sendo os subsídios concedidos e barreiras técnicas estabelecidas especialmente a produtos agrícolas, nos quais somos competitivos, assim como a concorrência crescente especialmente com a China”, disse ele.


Autora do livro Antidumping Subsídios e Medidas Compensatórias e colaboradora da obra Guerra Comercial ou Integração Mundial pelo Comércio? A OMC e o Brasil, a economista com especialização em comércio exterior Josefina Guedes disse à Agência Brasil que o esforço é buscar regras mais flexíveis para viabilizar os investimentos brasileiros e o crescimento das exportações.

“Deveríamos ter regras mais flexíveis para viabilizar nossos investimentos e crescimento, não podemos submeter os interesses nacionais aos interesses únicos da Argentina, por exemplo, e com isso parar o país”, ressaltou Josefina Guedes referindo-se aos contenciosos envolvendo Brasil e Argentina.

A especialista porém lembrou que as dificuldades também envolvem os norte-americanos e europeus. “Em relação aos norte-americanos e europeus, temos a questão agrícola que precisa ser resolvida. Todos sabemos que é um assunto muito delicado, principalmente na Europa, onde a agricultura é tratada como uma questão social. Tal tema só deve ser tratado em fórum multilateral, como a OMC”, disse.

Josefina Guedes acrescentou que “seria muito interessante fazermos acordos de livre comércio com os Estados Unidos e a Europa, mas as regras agrícolas não devem ser tratadas em acordos bilaterais ou plurilaterais, acredito que esse é um ponto central do problema entre esses dois grandes parceiros e o Brasil”.

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