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Campos deve oficializar candidatura até fevereiro

Formalização da chapa com e a ex-senadora Marina Silva pode ocorrer só depois, segundo integrantes do partido

Presidente do PSB e governador de Pernambuco, Eduardo Campos, discursa durante encontro que formalizou a aliança de Marina Silva na sigla (Ueslei Marcelino/Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 8 de janeiro de 2014 às 18h19.

Brasília - O governador de Pernambuco e presidente do PSB , Eduardo Campos , deve oficializar a candidatura ao Planalto até meados de fevereiro, mas a formalização da chapa com e a ex-senadora Marina Silva pode ocorrer só depois, segundo integrantes do partido.

"Eduardo (Campos) poderá lançar seu nome em janeiro ou fevereiro e depois fazer o convite a Marina", disse à Reuters nesta quarta-feira o deputado Márcio França (PSB-SP), que preside o partido em São Paulo.

No próximo dia 17, a cúpula do PSB deve se reunir com Campos em Recife para analisar a conjuntura política e definir a estratégia para os próximos meses. Nesse encontro, é provável que seja definida uma data para o anúncio oficial da candidatura de Campos.

"Algumas coisas (como o cabeça de chapa da aliança) se definirem antes é melhor para acabar com as intrigas", afirmou o líder do PSB na Câmara, Beto Albuquerque (RS). Os socialistas preferem definir logo o anúncio para que não aumente a pressão para que Marina, melhor colocada nas pesquisas, assuma a cabeça de chapa.

Integrantes da cúpula da Rede Sustentabilidade, partido de Marina que não obteve registro eleitoral para participar do pleito, porém, disseram à Reuters que essa possibilidade ainda não foi discutida entre os apoiadores da ex-senadora.

A definição de uma data para formalização da chapa, com Marina de vice, também pode acontecer durante a viagem que ela e Campos farão no final deste mês para participar do Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça.

A aliança eleitoral entre Campos e Marina foi anunciada de forma surpreendente no início de outubro, a poucas horas do prazo final para filiações partidárias, e mexeu com o xadrez político da disputa presidencial.

Marina, que em 2010 recebeu cerca de 20 milhões de votos na disputa presidencial e está melhor posicionada do que Campos nas pesquisas de intenção de voto, tem indicado desde o anúncio da aliança que o cabeça da chapa seria o pernambucano.

A ex-senadora, ao ver naufragar o projeto de formalizar seu partido, se filiou ao PSB e se uniu a Campos na expectativa de formar uma dobradinha capaz de vencer os dois principais candidatos: a presidente Dilma Rousseff e o senador Aécio Neves (PSDB-MG).

ALIANÇAS ESTADUAIS Publicamente, Marina vinha adotando a postura de deixar a definição da chapa para este ano, sem estabelecer condições para a dobradinha com o governador e assumindo que o socialista seria o candidato natural dos socialistas.

Apesar de especulações de que Marina teria condicionado seu ingresso como vice ao cenário eleitoral em São Paulo, tanto socialistas quanto membros da Rede negaram essa condição.

PSB e Rede podem estar em palanques diferentes no maior colégio eleitoral do país. Os socialistas querem apoiar a candidatura à reeleição do governador do PSDB, Geraldo Alckmin, e os aliados de Marina preferem que seja lançada uma candidatura própria.

"Isso nunca foi colocado como condição para que ela fosse a vice na chapa", disse França.

O parlamentar, porém, diz que é muito difícil o PSB mudar de posição em São Paulo, já que os cerca de 250 candidatos a deputado federal e estadual trabalham com a lógica de apoiar Alckmin à reeleição.

Além disso, segundo ele, a disputa ao governo de São Paulo já terá quatro candidatos fortes e o lançamento de um palanque próprio não agrega vantagens ao projeto nacional. "Se o candidato fizer 2 por cento dos votos, pode até puxar para baixo o candidato nacional", argumentou França.

Para João Paulo Capobianco, membro da cúpula da Rede, antes de definir as alianças estaduais é preciso escolher quais "critérios devem ser adotados para apontar os candidatos".

Segundo ele, nesse momento o mais importante é dar seguimento à elaboração do documento que servirá de base para o programa de governo. "O nosso calendário é a elaboração do programa", disse.

Os dois partidos colocaram em discussão na Internet ( http://www.mudandobrasil.com.br ) um documento com nove pontos principais desde outubro e receberão contribuições do público até o próximo dia 22. Depois de incorporadas as sugestões, o texto final deve ser debatidos em encontros regionais.

Até esta quarta, o tópico sugerido mais comentado era o que propõe o "fim de isenções fiscais e tributárias para igrejas e religiões", com mais de 84 comentários, apoiado ainda por 178 internautas e rejeitado por 80. O fim desses benefícios pode atingir em cheio parte do eleitorado que esteve ao lado de Marina na eleição de 2010, quando ela recebeu forte apoio dos evangélicos.

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"Eduardo (Campos) poderá lançar seu nome em janeiro ou fevereiro e depois fazer o convite a Marina", disse à Reuters nesta quarta-feira o deputado Márcio França (PSB-SP), que preside o partido em São Paulo.

No próximo dia 17, a cúpula do PSB deve se reunir com Campos em Recife para analisar a conjuntura política e definir a estratégia para os próximos meses. Nesse encontro, é provável que seja definida uma data para o anúncio oficial da candidatura de Campos.

"Algumas coisas (como o cabeça de chapa da aliança) se definirem antes é melhor para acabar com as intrigas", afirmou o líder do PSB na Câmara, Beto Albuquerque (RS). Os socialistas preferem definir logo o anúncio para que não aumente a pressão para que Marina, melhor colocada nas pesquisas, assuma a cabeça de chapa.

Integrantes da cúpula da Rede Sustentabilidade, partido de Marina que não obteve registro eleitoral para participar do pleito, porém, disseram à Reuters que essa possibilidade ainda não foi discutida entre os apoiadores da ex-senadora.

A definição de uma data para formalização da chapa, com Marina de vice, também pode acontecer durante a viagem que ela e Campos farão no final deste mês para participar do Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça.

A aliança eleitoral entre Campos e Marina foi anunciada de forma surpreendente no início de outubro, a poucas horas do prazo final para filiações partidárias, e mexeu com o xadrez político da disputa presidencial.

Marina, que em 2010 recebeu cerca de 20 milhões de votos na disputa presidencial e está melhor posicionada do que Campos nas pesquisas de intenção de voto, tem indicado desde o anúncio da aliança que o cabeça da chapa seria o pernambucano.

A ex-senadora, ao ver naufragar o projeto de formalizar seu partido, se filiou ao PSB e se uniu a Campos na expectativa de formar uma dobradinha capaz de vencer os dois principais candidatos: a presidente Dilma Rousseff e o senador Aécio Neves (PSDB-MG).

ALIANÇAS ESTADUAIS Publicamente, Marina vinha adotando a postura de deixar a definição da chapa para este ano, sem estabelecer condições para a dobradinha com o governador e assumindo que o socialista seria o candidato natural dos socialistas.

Apesar de especulações de que Marina teria condicionado seu ingresso como vice ao cenário eleitoral em São Paulo, tanto socialistas quanto membros da Rede negaram essa condição.

PSB e Rede podem estar em palanques diferentes no maior colégio eleitoral do país. Os socialistas querem apoiar a candidatura à reeleição do governador do PSDB, Geraldo Alckmin, e os aliados de Marina preferem que seja lançada uma candidatura própria.

"Isso nunca foi colocado como condição para que ela fosse a vice na chapa", disse França.

O parlamentar, porém, diz que é muito difícil o PSB mudar de posição em São Paulo, já que os cerca de 250 candidatos a deputado federal e estadual trabalham com a lógica de apoiar Alckmin à reeleição.

Além disso, segundo ele, a disputa ao governo de São Paulo já terá quatro candidatos fortes e o lançamento de um palanque próprio não agrega vantagens ao projeto nacional. "Se o candidato fizer 2 por cento dos votos, pode até puxar para baixo o candidato nacional", argumentou França.

Para João Paulo Capobianco, membro da cúpula da Rede, antes de definir as alianças estaduais é preciso escolher quais "critérios devem ser adotados para apontar os candidatos".

Segundo ele, nesse momento o mais importante é dar seguimento à elaboração do documento que servirá de base para o programa de governo. "O nosso calendário é a elaboração do programa", disse.

Os dois partidos colocaram em discussão na Internet ( http://www.mudandobrasil.com.br ) um documento com nove pontos principais desde outubro e receberão contribuições do público até o próximo dia 22. Depois de incorporadas as sugestões, o texto final deve ser debatidos em encontros regionais.

Até esta quarta, o tópico sugerido mais comentado era o que propõe o "fim de isenções fiscais e tributárias para igrejas e religiões", com mais de 84 comentários, apoiado ainda por 178 internautas e rejeitado por 80. O fim desses benefícios pode atingir em cheio parte do eleitorado que esteve ao lado de Marina na eleição de 2010, quando ela recebeu forte apoio dos evangélicos.

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