Câmara aprova urgência de 11 propostas da bancada feminina
Os projetos integram a pauta da campanha de 21 dias de ativismo pelo fim da violência contra as mulheres. Os textos podem ser votados nesta quinta (10)
Isabela Rovaroto
Publicado em 10 de dezembro de 2020 às 08h10.
Última atualização em 10 de dezembro de 2020 às 09h16.
O Plenário da Câmara dos Deputados aprovou, durante a sessão virtual desta quarta-feira (9), aurgênciapara a análise de 11 propostas defendidas pela bancada feminina. Os textos podem ser votados nesta quinta-feira (10). Em seguida, a sessão foi encerrada.
A coordenadora da bancada feminina na Câmara, deputada Professora Dorinha Seabra Rezende (DEM-TO), defendeu em Plenário a apreciação das propostas (um projeto de lei complementar - PLP, seis projetos de lei e quatro projetos de resolução - PRCs). Os projetos integram a pauta da campanha de 21 dias de ativismo pelo fim da violência contra as mulheres, que começou em 20 de novembro e termina em 10 de dezembro.
Entre os projetos, está o PLP 238/16, que altera aLei de Responsabilidade Fiscal( Lei Complementar 101/00 ) para incluir as ações de combate à violência contra a mulher no rol de exceções à suspensão de transferências voluntárias a entes federados inadimplentes.
O maior conjunto de propostas inclui:
- o PL 3344/15, que altera o Código Penal ( Decreto-Lei 2.848/40 ) para tipificar a mutilação genital feminina como crime de lesão corporal gravíssima;
- o PL 123/19, que inclui programas de combate e prevenção de violência contra a mulher e ações envolvendo prevenção e combate à violência doméstica e familiar entre as iniciativas que podem ser financiadas pelo Fundo Nacional de Segurança Pública;
- o PL 1369/19, que altera o Código Penal para tipificar o crime de perseguição;
- o PL 4287/20, que inclui o Plano Nacional de Prevenção e Enfrentamento à Violência contra a Mulher como instrumento da Política Nacional de Segurança Pública e Defesa Social;
- o PL 4963/20, que estabelece normas para prevenir e combater a violência política contra mulheres ou em razão de gênero; e
- o PL 5091/20, que altera a Lei 13.869/19 para tipificar o crime de violência institucional.
Já os demais itens selecionados pela bancada feminina tratam de homenagens no âmbito da Câmara dos Deputados. O PRC 54/20, por exemplo, dá ao corredor de acesso ao Plenário a denominação “Tereza de Benguela”, considerada ícone da resistência negra no Brasil colonial.
O PRC 55/20 dá ao plenário 11 das comissões permanentes da Câmara a denominação “Anésia Pinheiro Machado”, que foi aviadora; o PRC 59/20 dá ao plenário 13 a denominação “Marília Chaves Peixoto”, que foi cientista e pesquisadora; e o PRC 71/20 dá ao plenário 2 a denominação “Ceci Cunha”, deputada federal assassinada em 1998.