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Brasil não avança no turismo, diz Fórum Econômico

País ficou apenas com o 52º lugar na classificação geral no ranking sobre a competitividade no turismo

Rio de Janeiro: segundo o levantamento, o Brasil tem a maior riqueza natural do mundo, mas enfrenta problemas de infraestrutura, regulação, violência, falta de mão-de-obra qualificada e ausência de investimentos (Luis Gustavo Lucena/Stock.Xchng)
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Da Redação

Publicado em 7 de março de 2011 às 14h09.

Londres - Apesar de ser considerado o País com a maior riqueza natural do mundo, o Brasil não consegue ser competitivo na indústria de turismo e perde espaço para outras nações. Problemas de infraestrutura, regulação, violência, falta de mão-de-obra qualificada e ausência de investimentos acabam se sobrepondo às vantagens das belezas nacionais. É o que mostra o ranking sobre a competitividade no setor divulgado hoje pelo Fórum Econômico Mundial.

O Brasil desbancou todos os 139 países analisados e marcou o primeiro lugar no quesito de riqueza natural, principalmente pela diversidade de espécies animais existentes, com a fauna mais rica do mundo, além do número de lugares considerados patrimônios da humanidade, da quantidade de áreas protegidas e da qualidade do meio ambiente.

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Entretanto, ficou apenas com o 52º. lugar na classificação geral no levantamento deste ano, perdendo sete posições na comparação com o ranking anterior, realizado em 2009 - apesar de ter mantido praticamente a mesma nota.

As piores avaliações foram obtidas em critérios como a infraestrutura de transportes, a ausência de trabalhadores qualificados e as regras para o estabelecimento de negócios no setor. O Brasil aparece, por exemplo, como um dos países onde mais tempo se leva para abrir uma empresa. O peso do crime e da violência também desfavorece o País.

O levantamento mostrou ainda a falta de prioridade dada à indústria de turismo, em razão dos baixos investimentos do governo. "A rede de transportes continua pouco desenvolvida e a qualidade das estradas, portos e trens precisa de melhorias", diz o estudo.

O Fórum Econômico Mundial destaca que a competitividade do Brasil nessa área fica abalada também em razão dos elevados impostos que recaem sobre o transporte. O levantamento aponta a alta taxação embutida nas passagens aéreas e as tarifas cobradas pelos aeroportos.

Dessa forma, o Brasil acabou superado no ranking, por exemplo, pelo México, que subiu oito posições e agora está em 43º. Além das riquezas naturais e culturais, o país vem priorizando o turismo, com uma série de campanhas para atrair visitantes.

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