Bolsonaro só analisará proposta da Previdência quando tiver alta
Presidente teve alta da unidade de terapia semi-intensiva nesta segunda (11), mas data de saída do hospital ainda não foi definida
Reuters
Publicado em 11 de fevereiro de 2019 às 18h41.
Última atualização em 12 de fevereiro de 2019 às 09h42.
A possibilidade de o presidente Jair Bolsonaro receber a proposta de reforma da Previdência no Hospital Albert Einstein, onde ele está internado em São Paulo recuperando-se de uma cirurgia de retirada de uma bolsa de colostomia, está descartada a princípio, disse nesta segunda-feira o porta-voz da Presidência, general Otávio Rêgo Barros.
"Inicialmente está descartada que a proposta da reforma da Previdência seja apresentada ao presidente Jair Bolsonaro no hospital", disse o porta-voz, em briefing a jornalistas no Palácio do Planalto.
Rêgo Barros reafirmou que o presidente vai receber a proposta assim que ele estiver em condições de saúde, mas destacou que não podia "afiançar" se isso iria ocorrer esta semana.
Na semana passada, o secretário de Previdência e Trabalho, Rogério Marinho, disse que o governo poderia apresentar a proposta da reforma da Previdência entre os dias 19 e 21.
O general destacou que o presidente tem "todo o interesse" em receber a proposta da reforma e que, quanto mais rápido ele deliberar sobre a proposta e encaminhar ao Congresso, mais rápido o poder legislativo vai aprová-la.
O porta-voz também não quis precisar quando será a alta do presidente, dizendo apenas que ocorrerá quando ele poder sair "pela porta da frente". Nesta manhã, o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, disse acreditar que Bolsonaro esteja de volta a Brasília entre quinta e sexta-feira desta semana.
Segundo Rêgo Barros, que leu o boletim médico com a evolução do presidente, Bolsonaro passou "muito bem" e recebeu as visitas dos ministros da Justiça, Sérgio Moro, da Defesa, general Fernando de Azevedo e Silva, e do Gabinete de Segurança Institucional, general Augusto Heleno, além da visita de cortesia do governador de São Paulo, João Dória (PSDB).
O boletim médico informou que o quadro do presidente melhorou e que ele deixou a unidade de terapia semi-intensiva, sendo transferido para um apartamento.