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Bolsonaro: Oferecemos asilo aos médicos cubanos que queiram ficar no País

Segundo o governo, todas as 8.517 vagas foram preenchidas por brasileiros, embora, no editais anteriores, 620 médicos não tenham comparecido

Mais Médicos: médica cubana Irianna Ramad realiza atendimento (AGPT/Divulgação)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 14 de fevereiro de 2019 às 10h57.

Última atualização em 14 de fevereiro de 2019 às 16h24.

São Paulo - De volta à ativa após alta médica, o presidente Jair Bolsonaro reiterou a oferta de asilo a médicos cubanos que queiram permanecer no Brasil, apesar do encerramento do programa Mais Médicos. Ele ainda criticou Cuba pela decisão de convocar os profissionais de saúde de volta ao país de origem.

"Meses atrás, exigimos que a ditadura cubana revisse as regras impostas aos profissionais cubanos participantes do Mais Médicos, que recebiam apenas uma pequena parte de seus salários e não tinham liberdade para ver seus familiares", escreveu em sua conta oficial no Twitter. "De forma irresponsável, Cuba suspendeu sua participação subitamente, colocando em xeque o caráter humanitário do acordo feito com o PT", escreveu Bolsonaro.

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Ao reforçar a oferta de asilo, o presidente criticou a esquerda. "Oferecemos asilo aos que cidadãos queriam ficar em nosso país. A esquerda, mesmo assim, poupou a ditadura e colocou na conta do novo Governo (...)".  Bolsonaro disse que, com isso, "milhões ficaram sem atendimento"

Entretanto, o próprio presidente era um crítico ferrenho do programa à época em que era parlamentar. Em novembro do ano passado, já eleito presidente, Bolsonaro chegou a afirmar que parte dos médicos cubanos seria, na realidade, composta por militares e agentes infiltrados.

"Não é uma declaração minha nova, há cinco anos eu já criticava a questão do salário e a questão de não ter uma comprovação mínima que seja sobre se são médicos ou não", declarou Bolsonaro em novembro, para quem o programa era uma estratégia do PT para "financiar a ditadura cubana".

Com a suspensão do Mais Médicos, centenas de cidades brasileiras, principalmente comunidades remotas, ficaram sem atendimento médico. A resposta do governo Temer ao fim do programa foi a abertura de um edital de convocação de profissionais médicos.

"O Ministério da Saúde agiu rapidamente e as vagas deixadas foram preenchidas - as últimas nesta quarta (13) por brasileiros formados no exterior", disse nesta manhã no Twitter.

"Eles receberão seus salários de forma integral e terão a liberdade necessária para uma vida digna. A resposta para quem torce contra o Brasil é o trabalho. Vamos em frente!", finalizou Bolsonaro.

O Ministério da Saúde informou nesta quarta que todas as 8.517 vagas abertas após o fim do Mais Médicos foram preenchidas por médicos brasileiros. Havia 1.462 vagas abertas após dois editais de convocação, com a grande maioria nas regiões Norte e Nordeste. Dos editais anteriores, 620 médicos inscritos não compareceram às unidades de saúde no prazo determinado.

 

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