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Bolsonaro é intimado a prestar depoimento à PF em operação contra dados falsos de vacina

A previsão é de que o depoimento seja prestado ainda na tarde desta quarta-feira

Jair Bolsonaro. (Adriano Machado/Reuters)

Publicado em 3 de maio de 2023 às 09h31.

Última atualização em 3 de maio de 2023 às 09h37.

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi intimado a prestar depoimento ainda nesta quarta-feira, 3, no âmbito da operação Venire da Polícia Federal que investiga um grupo suspeito de inserir dados falsos de vacinação contra a Covid-19 nos sistemas do Ministério da Saúde. Segundo o jornal O Globo, a previsão é que o depoimento do ex-presidente aconteça na tarde de hoje.

Ao longo da manhã desta quarta, agentes da PF realizam buscas na casa de Bolsonaro em um condomínio residencial de Brasília. Otenente-coronel Mauro Cid Barbosa , ajudante de ordens durante o governo de Jair Bolsonaro, foi preso.

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O que é a operação Venire da Polícia Federal?

A operação, autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal , faz parte doinquérito das "milícias digitais" que tramitam no Congresso. Batizada Venire, a ofensiva cumpre mais cinco mandados de prisão preventiva e vasculha 16 endereços em Brasília e no Rio de Janeiro.

Segundo a PF, as inserções falsas sob suspeita se deram, entre novembro de 2021 e dezembro de 2022, e "tiveram como consequência a alteração da verdade sobre fato juridicamente relevante, qual seja, a condição de imunizado contra a Covid-19 dos beneficiários".

A corporação indica que, com a alteração, foi possível a emissão de certificados de vacinação com seu respectivo uso para burla de restrições sanitárias impostas pelo Brasil e pelos Estados Unidos em meio à pandemia.

"A apuração indica que o objetivo do grupo seria manter coeso o elemento identitário em relação a suas pautas ideológicas, no caso, sustentar o discurso voltado aos ataques à vacinação contra a Covid-19", indica a PF.

A ofensiva aberta nesta quarta mira supostos crimes de infração de medida sanitária preventiva, associação criminosa, inserção de dados falsos em sistemas de informação e corrupção de menores.

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