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Remy Sharp
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Na teoria, a abertura oficial da Agrishow não aconteceu. Na prática, dezenas de autoridades e produtores rurais se amontoaram em frente ao auditório do Instituto Agronômico (IAC), dentro do parque de exposições da feira, para receber o ex-presidente, Jair Bolsonaro, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas e os ex-ministros Ricardo Salles e Marcos Pontes, entre outros políticos. O governo federal atual, que seria representado pelo ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, não mandou representantes.

Questionado pela EXAME se a ausência do ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, na Agrishow, poderia afetar a relação do Estado de São Paulo com a pasta, o governador Tarcísio de Freitas foi sucinto e disse “entendo que a ausência do ministro não afeta os negócios”. “A minha relação com o governo é republicana, existem algumas questões que são compartilhadas, como a saúde e educação, isso não significa alinhamento político ou que a gente não tenha algumas críticas da gestão”, afirmou.

Em relação ao agronegócio, o governador afirmou que o plano é ampliar alternativas de crédito, reduzir taxas de juros com Selic zero e dedicar mais recursos ao Fundo de Expansão ao Agronegócio Paulista (FEAP).

“Teremos quatro linhas de financiamento: Financiamento de capital de giro, pró-trator, linha para agricultura sustentável e subvenção de seguro rural, olhando para o médio e pequeno produtor”, disse. E complementou que o Estado também pretende “chegar em 2026 com zero lacuna de conectividade”.

Bolsonaro na Agrishow

Ovacionado pelo público rural, Bolsonaro discursou por pouco mais de cinco minutos e foi recebido com coros de “mito” em Ribeirão Preto. A princípio, ele não falaria ao público, mas aproveitou a ocasião em cima do palco para elogiar o trabalho de Tarcísio de Freitas enquanto ministro de Infraestrutura, chamando-o de “nosso governador”. “O agro precisa de políticos que não atrapalhem vocês. Foi isso que eu fiz ao longo do meu mandato com meus ministros”, citando também o ex-ministro Ricardo Salles.

“Eu estava vendo a homologação de meia dúzia de terras indígenas pelo Brasil, assinado pelo cidadão que está lá no Palácio da Presidência. Uma das reservas indígenas é de 30 mil hectares, existe lá nove indígenas, algo não está certo. Não é possível 30 mil hectares para nove pessoas. E no meu governo vocês sabem como eu tratei essas questões. Nunca tive má vontade com indigenista, pelo contrário”, afirmou Bolsonaro.

Segurança no campo

Tanto Tarcísio quanto Bolsonaro falaram sobre a importância da segurança no campo, se referindo, nas entrelinhas, sobre as ocupações feitas pelo Movimento dos Sem Terra (MST). “Quem invadir terra terá um destino só: a cadeia”, afirmou o governador paulista.

“A gente não pode ter nosso produtor aterrorizado com medo de invasões de terra, ele precisa de segurança no campo, então é uma questão fundamental o direito à propriedade. Produtor tem que estar preocupado em criar, produzir e não vamos tolerar bagunça, baderna, ao direito de propriedade em São Paulo”, disse Tarcísio em coletiva à imprensa.

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