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Bolsonarista, governador de SC põe advogados do estado para 'acompanhar' presos por ataques

Jorginho Mello afirmou que a Secretaria de Articulação Nacional está 'monitorando a situação para tentar garantir o direito de cada um ao processo legal' e justificou: 'São catarinenses'

Jorginho Mello, deputado federal pelo PR (Gustavo Lima/Acervo/Agência Câmara)
AO

Agência O Globo

Publicado em 11 de janeiro de 2023 às 07h40.

Última atualização em 11 de janeiro de 2023 às 07h41.

Governador de Santa Catarina, Jorginho Mello (PL) afirmou, nesta terça-feira, que colocou advogados do estado para "acompanhar de perto" a situação de 19 catarinenses presos por envolvimento com os ataques ocorridos em Brasília no último domingo, quando o Congresso Nacional, o Palácio do Planalto e a sede do Supremo Tribunal Federal (STF) foram invadidos e depredados por bolsonaristas radicais. A nota divulgada pelo Governo de SC informa que a tarefa está sendo desempenhada por profissionais da Secretaria estadual de Articulação Nacional, baseada na capital federal.

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De acordo com o governador — um dos bolsonaristas mais ferrenhos no comando dos Executivos estaduais —, a medida se justifica por se tratarem de "catarinenses". Jorginho Mello acrescenta ainda que o objetivo é "garantir o direito de cada um ao processo legal".

— Estamos acompanhando e monitorando a situação para tentar garantir o direito de cada um ao processo legal a que todos temos direito. São catarinenses, e por isso o Estado está se fazendo presente. Há muito desencontro de informações — afirmou Jorginho no Twitter, onde também anunciou a decisão.

Mello informou que vem mantendo contato com a seccional de Santa Catarina da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-SC), com a Procuradoria-Geral do Estado e também com a ministra Rosa Weber, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF).

O governador disse ter sido comunicado por "advogadas da Secretaria de Articulação Nacional que estiveram no local" de que todos os presos estão sendo acusados pelos mesmos crimes: atos terroristas, associação criminosa, abolição violenta do estado democrático de direito, golpe de Estado, ameaça, perseguição, incitação ao crime e dano ao patrimônio público.

— Que a Justiça seja cumprida, puna os culpados e absolva os inocentes — concluiu Jorginho.

Um dia antes, Mello participou da reunião do presidente Luiz Inácio Lula da Silva com todos os governadores para tratar das consequências dos atos terroristas em Brasília.

Após o encontro, ele também recorreu o Twitter para se posicionar: "Santa Catarina é um estado de gente séria, trabalhadora e pacífica! Irei representar nosso estado e nossa gente defendendo nossos princípios onde quer que seja, em qualquer circunstância, pois fui eleito para isso".

Correligionário do ex-presidente Jair Bolsonaro, Jorginho Mello era senador até o ano passado e chegou a exercer o posto de vice-líder da antiga gestão no Congresso. Na disputa pelo governo de Santa Catarina, ele superou o então mandatário Carlos Moisés no segundo turno apostando justamente na proximidade com Bolsonaro.

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