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Bolívia reforça controle onde brasileiros foram mortos

27 militares foram enviados ao povoado, ao mesmo tempo que a polícia anunciou a duplicação do número dos agentes

Soldados bolivianos: Em várias regiões ao longo da fronteira de mais de 3 mil quilômetros entre os dois países há violência pela ação dos narcotraficantes (Aizar Raldés/AFP)
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Da Redação

Publicado em 2 de outubro de 2012 às 20h24.

La Paz - O governo da Bolívia informou nesta sexta-feira que reforçou a segurança no povoado de San Matías, fronteira com o Brasil, onde esta semana uma multidão linchou até a morte dois brasileiros acusados de assassinar três bolivianos.

O ministro da Defesa, Rubén Saavedra, informou que 27 militares foram enviados ao povoado, ao mesmo tempo que a polícia anunciou a duplicação do número dos agentes, chegando a 20, para aumentar a segurança e começar as investigações sobre os cinco crimes.

Os militares patrulharão a fronteira e seu número pode aumentar ainda mais, já que o governo boliviano está preocupado com a entrada de brasileiros com ''antecedentes criminais'' no país, afirmou Saavedra.

Os brasileiros foram queimados vivos na terça-feira por uma multidão que os arrancou à força da cela onde estavam detidos pela suspeita de serem os autores do assassinato a tiros dos três bolivianos.

Agentes da polícia fronteiriça e legista do Brasil foram a San Matías na quinta-feira para exumar os corpos e repatriá-los.

Autoridades brasileiras pediram ao governo da Bolívia que investigue e puna os responsáveis pelo linchamento dos brasileiros que estavam sob custódia oficial.

A polícia de San Matías alegou que foi dominada por um grupo de 400 pessoas que exigiu fazer o que chamam de ''justiça comunitária'' contra quem assassinou os bolivianos na segunda-feira.


A ''justiça comunitária'' está garantida pela Constituição promulgada pelo governo de Evo Morales em 2009 que na época esclareceu que o linchamento não faz parte desse sistema, embora os grupos indígenas que o aplicam se justifiquem dessa forma.

Os oficiais de San Matías denunciam que sofrem ameaças de morte exigindo que o linchamento não seja investigado, tanto que o promotor de San Matías, David Veizaga, teria renunciado porque ''está muito afetado e nervoso'', informou seu chefe, o promotor de Santa Cruz, Isabelino Gómez.

Gómez pediu às autoridades para vigiar o povoado de San Matías, onde vivem cerca de 12 mil pessoas, das quais 70% são bolivianas e o restante brasileiras - a maioria imigrantes ilegais.

Em várias regiões ao longo da fronteira de mais de 3 mil quilômetros entre os dois países há violência pela ação dos narcotraficantes e do comércio de automóveis roubados.

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La Paz - O governo da Bolívia informou nesta sexta-feira que reforçou a segurança no povoado de San Matías, fronteira com o Brasil, onde esta semana uma multidão linchou até a morte dois brasileiros acusados de assassinar três bolivianos.

O ministro da Defesa, Rubén Saavedra, informou que 27 militares foram enviados ao povoado, ao mesmo tempo que a polícia anunciou a duplicação do número dos agentes, chegando a 20, para aumentar a segurança e começar as investigações sobre os cinco crimes.

Os militares patrulharão a fronteira e seu número pode aumentar ainda mais, já que o governo boliviano está preocupado com a entrada de brasileiros com ''antecedentes criminais'' no país, afirmou Saavedra.

Os brasileiros foram queimados vivos na terça-feira por uma multidão que os arrancou à força da cela onde estavam detidos pela suspeita de serem os autores do assassinato a tiros dos três bolivianos.

Agentes da polícia fronteiriça e legista do Brasil foram a San Matías na quinta-feira para exumar os corpos e repatriá-los.

Autoridades brasileiras pediram ao governo da Bolívia que investigue e puna os responsáveis pelo linchamento dos brasileiros que estavam sob custódia oficial.

A polícia de San Matías alegou que foi dominada por um grupo de 400 pessoas que exigiu fazer o que chamam de ''justiça comunitária'' contra quem assassinou os bolivianos na segunda-feira.


A ''justiça comunitária'' está garantida pela Constituição promulgada pelo governo de Evo Morales em 2009 que na época esclareceu que o linchamento não faz parte desse sistema, embora os grupos indígenas que o aplicam se justifiquem dessa forma.

Os oficiais de San Matías denunciam que sofrem ameaças de morte exigindo que o linchamento não seja investigado, tanto que o promotor de San Matías, David Veizaga, teria renunciado porque ''está muito afetado e nervoso'', informou seu chefe, o promotor de Santa Cruz, Isabelino Gómez.

Gómez pediu às autoridades para vigiar o povoado de San Matías, onde vivem cerca de 12 mil pessoas, das quais 70% são bolivianas e o restante brasileiras - a maioria imigrantes ilegais.

Em várias regiões ao longo da fronteira de mais de 3 mil quilômetros entre os dois países há violência pela ação dos narcotraficantes e do comércio de automóveis roubados.

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