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BC bloqueia R$ 47,8 mi de suspeitos na Lava Jato; veja lista

Valor foi apreendido a pedido do juiz Sérgio Moro, que conduz as ações da Operação Lava Jato; ex-diretor da Petrobras, Renato Duque teve R$ 3,2 mi bloqueados.

Agentes da Polícia Federal durante a sétima fase da Operação Lava Jato, em São Paulo (Nacho Doce/Reuters)

Mariana Desidério

Publicado em 20 de novembro de 2014 às 16h35.

São Paulo – O Banco Central bloqueou R$ 47,8 milhões nas contas de 14 dirigentes e funcionários de empreiteiras sob investigação na Operação Lava Jato e de três empresas ligadas aos suspeitos. As informações foram confirmadas pela EXAME.com com a Justiça Federal do Paraná.

Nas contas do ex-diretor da Petrobras Renato Duque foram bloqueados R$ 3,2 milhões. Duque é suspeito de integrar esquema de pagamento de propina com recursos de contratos firmados pela estatal.

O maior valor foi apreendido nas contas de Gerson de Mello Almada, vice-presidente da Engevix: R$ 22,6 milhões.

O presidente da UTC, Ricardo Ribeiro Pessoa, teve R$ 10,2 milhões bloqueados. Othon Zanoide de Moraes Filho, diretor da Queiroz Galvão, teve R$ 166 mil.

O Banco Central não encontrou nenhum valor para ser apreendido nas contas de Erton Medeiros Fonseca, da Galvão Engenharia, e Valdir Lima Carreiro, presidente da Iesa.

O menor valor bloqueado se refere às contas de Ildefonso Colares Filho, que teve R$ 7.511,80 apreendidos.

O lobista Fernando Antônio Falcão Soares, conhecido como Fernando Baiano, teve R$ R$ 8.873,79 bloqueados em contas em seu nome.

Outros R$ 8,5 milhões foram apreendidos em contas de empresas de Soares. O lobista é apontado como operador do PMDB no esquema.

O bloqueio dos bens dos suspeitos foi pedido pelo juiz Sérgio Moro, que conduz as ações da Operação Lava Jato.

Iniciada em março, a Operação investiga esquema de lavagem e desvios de dinheiro e está em sua sétima fase.

Nove grandes empreiteiras são investigadas. Segundo a Polícia Federal, as empresas têm R$ 59 bilhões de reais em contratos com a Petrobras.

Veja os valores bloqueados:

NOMEVALOR BLOQUEADO
OTHON ZANOIDE DE MORAES FILHOR$ 166.592,14
ILDEFONSO COLARES FILHOR$ 7.511,80
FERNANDO ANTONIO FALCAO SOARESR$ 8.873,79
RENATO DE SOUZA DUQUER$ 3.247.190,63
AGENOR FRANKLIN MAGALHAES MEDEIROSR$ 46.885,10
RICARDO RIBEIRO PESSOAR$ 10.221.860,68
JOSE ADELMARIO PINHEIRO FILHOR$ 52.357,15
EDUARDO HERMELINO LEITER$ 463.316,45
DALTON DOS SANTOS AVANCINIR$ 852.375,70
WALMIR PINHEIRO SANTANAR$ 9.302,59
JOSE RICARDO NOGUEIRA BREGHIROLLIR$ 691.177,12
SERGIO CUNHA MENDESR$ 700.407,06
GERSON DE MELLO ALMADAR$ 22.615.150,27
JOAO RICARDO AULERR$ 101.604,14
VALDIR LIMA CARREIROR$ 0,00
ERTON MEDEIROS FONSECAR$ 0,00
TECHNIS PLANEJAMENTO E GESTAO EM NEGOCIOS LTDAR$ 2.001.344,84
HAWK EYES ADMINISTRACAO DE BENS LTDAR$ 6.561.074,74
D3TM - CONSULTORIA E PARTICIPACOES LTDAR$ 140.140,69
TOTALR$ 47.887.164,89
São Paulo - Nove empreiteiras foram alvo da Polícia Federal nesta sexta-feira. A sétima fase da Operação Lava Jato , que investigadesvio de 10 bilhões de reais da Petrobras , fez busca e apreensão nas empresas. Alguns executivos foram presos, para prestar depoimento sobre possível ligação com o esquema de corrupção . Veja nas fotos quais empresas estão sendo investigadas e o que dizem sobre a operação.
  • 2. Odebrecht

    2 /10(Paulo Fridman/Bloomberg)

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    A empresa divulgou nota em que afirma que a Polícia Federal esteve em seu escritório no Rio de Janeiro nesta sexta-feira, para cumprir mandado de busca e apreensão de documentos, expedido no âmbito das investigações sobre supostos crimes cometidos por ex-diretor da Petrobras.“A equipe foi recebida na empresa e obteve todo o auxílio para acessar qualquer documento ou informação buscada”, diz a nota da empresa.A Odebrecht afirma ainda que “está inteiramente à disposição das autoridades para prestar esclarecimentos sempre que necessário”.
  • 3. UTC Engenharia

    3 /10(Divulgação)

  • A empresa afirmou que “colabora desde o início das investigações e continuará à disposição das autoridades para prestar as informações necessárias”.
  • 4. OAS

    4 /10(Divulgação/PAC)

    A OAS afirmou que “foram prestados todos os esclarecimentos solicitados e dado acesso às informações e documentos requeridos pela Polícia Federal, em visita à sua sede em São Paulo”. A empresa diz ainda que “está à inteira disposição das autoridades e vai continuar colaborando no que for necessário para as investigações”.
  • 5. Engevix

    5 /10(Divulgação/ Engevix)

    Contatada por EXAME.com, a empresa afirmou apenas que “por meio dos seus advogados e executivos, prestará todos os esclarecimentos que forem solicitados”.
  • 6. Galvão Engenharia

    6 /10(Divulgação/ Galvão Engenharia)

    Em nota, a Galvão Engenharia afirmou que "tem colaborado com todas as investigações referentes à Operação Lava Jato e está permanentemente à disposição das autoridades para prestar quaisquer esclarecimentos necessários".
  • 7. Queiroz Galvão

    7 /10(Divulgação)

    A empresa se manifestou através de nota:"A Queiroz Galvão reitera que todas as suas atividades e contratos seguem rigorosamente a legislação em vigor e está à disposição das autoridades para prestar quaisquer esclarecimentos necessários."
  • 8. Camargo Corrêa

    8 /10(Divulgação)

    Em nota, a Camargo Corrêa disse que sempre esteve à disposição das autoridades. Veja a nota:“A Construtora Camargo Corrêa repudia as ações coercitivas, pois a empresa e seus executivos desde o início se colocaram à disposição das autoridades e vêm colaborando com os esclarecimentos dos fatos.”
  • 9. Mendes Junior

    9 /10(Divulgação)

    "O vice-presidente da Mendes Júnior, Sérgio Cunha Mendes, estava em viagem com a família na manhã desta sexta-feira (14/11). Assim que soube do mandado de prisão, tomou providências para se apresentar ainda hoje à Polícia Federal em Curitiba (PR). A Mendes Júnior está colaborando com as investigações, contribuindo para o acesso às informações solicitadas."
  • 10. Iesa

    10 /10(Divulgação IESA)

    EXAME.com não conseguiu contato com nenhum porta-voz da empresa até a publicação da reportagem.
  • Acompanhe tudo sobre:Banco CentralCapitalização da PetrobrasCorrupçãoEmpresasEmpresas abertasEmpresas brasileirasEmpresas estataisEscândalosEstatais brasileirasFraudesGás e combustíveisIndústria do petróleoMercado financeiroOperação Lava JatoPetrobrasPetróleo

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