Base pode levar Temer a responder por atos de outro mandato
Aécio e outros senadores da base protocolaram PEC que pode levar Michel Temer a responder por atos de mandatos anteriores
Talita Abrantes
Publicado em 13 de setembro de 2016 às 19h03.
São Paulo – Um grupo de senadores da base governista protocolou nesta segunda-feira uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) pedindo para que o presidente responda por atos praticados em mandatos anteriores.
Hoje, uma das interpretações do artigo 86 da Constituição Federal é de que, quando reeleito, o chefe do Executivo não deveria responder a supostos crimes de responsabilidade cometidos na legislatura anterior.
Esse foi um dos pontos de controvérsia no processo de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff. Naquele caso, o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha optou pela exclusão dos fatos relacionados ao primeiro governo da petista do processo.
Tal interpretação tem como base o inciso 4º do artigo 86 da Constituição, que afirma que o presidente da República “não pode ser responsabilizado por atos estranhos ao exercício da sua função” durante o exercício de seu mandato.
O texto da PEC, de autoria do senador Aécio Neves (PSDB-MG), no entanto, afirma que “os fatos do primeiro mandato não são ‘estranhos ao exercício de suas funções’ presidenciais” e, portanto, o chefe do Executivo poderia ser responsabilizado por eles.
No total, 27 senadores ratificaram o texto assinado por Aécio. A maior parte deles faz parte da base de Michel Temer .
Se a medida for aprovada, o peemedebista, que acabou de se efetivar no cargo, poderia também ser julgado por ações praticadas antes de assumir a presidência da República. Veja a íntegra do documento.
Até o momento, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) não respondeu aos pedidos de entrevista de EXAME.com.
Veja também:Os fantasmas que assombram nova fase do governo Temer
São Paulo – Um grupo de senadores da base governista protocolou nesta segunda-feira uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) pedindo para que o presidente responda por atos praticados em mandatos anteriores.
Hoje, uma das interpretações do artigo 86 da Constituição Federal é de que, quando reeleito, o chefe do Executivo não deveria responder a supostos crimes de responsabilidade cometidos na legislatura anterior.
Esse foi um dos pontos de controvérsia no processo de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff. Naquele caso, o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha optou pela exclusão dos fatos relacionados ao primeiro governo da petista do processo.
Tal interpretação tem como base o inciso 4º do artigo 86 da Constituição, que afirma que o presidente da República “não pode ser responsabilizado por atos estranhos ao exercício da sua função” durante o exercício de seu mandato.
O texto da PEC, de autoria do senador Aécio Neves (PSDB-MG), no entanto, afirma que “os fatos do primeiro mandato não são ‘estranhos ao exercício de suas funções’ presidenciais” e, portanto, o chefe do Executivo poderia ser responsabilizado por eles.
No total, 27 senadores ratificaram o texto assinado por Aécio. A maior parte deles faz parte da base de Michel Temer .
Se a medida for aprovada, o peemedebista, que acabou de se efetivar no cargo, poderia também ser julgado por ações praticadas antes de assumir a presidência da República. Veja a íntegra do documento.
Até o momento, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) não respondeu aos pedidos de entrevista de EXAME.com.
Veja também:Os fantasmas que assombram nova fase do governo Temer