Bancos do Chipre reabrirão sem restrições
A decisão de reabrir os bancos foi tomada após receber o sinal verde do Banco Central Europeu (BCE) que hoje manteve uma reunião sobre a situação das entidades financeiras do Chipre
Da Redação
Publicado em 25 de março de 2013 às 16h05.
Nicósia - Todos os bancos cipriotas reabrirão suas portas ao público nesta terça-feira, exceto o Banco do Chipre e o Banco Popular (Laiki Bank) que abrirão na quinta-feira, e todos operarão sem restrições no movimento de capitais, confirmaram nesta segunda-feira à Agência Efe fontes bancárias.
Os dois bancos mencionados estão afetados pelo plano de reestruturação estipulado na madrugada passada pelo Eurogrupo e por isso deverão esperar mais dois dias para adaptar-se às exigências do acordo alcançado ontem à noite pelos países do euro.
Os bancos do Chipre permanecem fechados desde o dia 16 de março, e desde então o único acesso a dinheiro vivo foi através dos caixas automáticos, mas com limitações nos saques.
A decisão de reabrir os bancos foi tomada após receber o sinal verde do Banco Central Europeu (BCE) que hoje manteve uma reunião sobre a situação das entidades financeiras do Chipre.
A ideia é que quando o Banco do Chipre e o Popular, as duas maiores entidades financeiras do país, abram suas portas na quinta-feira, também suspendam as restrições impostas.
Desde ontem e até o dia de reabertura, ambos bancos manterão no entanto seu limite de retirada de dinheiro em caixas automáticos em 120 e 100 euros, respectivamente.
O acordo selado ontem à noite em Bruxelas contempla a liquidação do Laiki e sua divisão em um banco "bom" e outro "podre".
A parte boa - formada pelos ativos sãos e os depósitos garantidos, os inferiores aos 100 mil euros - passará a fazer parte do Bank of Cyprus, principal entidade financeira do país, que também será submetida a uma reestruturação.
Os depósitos, pacotes de ações ou de bônus superiores aos 100 mil euros do Laiki passarão, junto com os empréstimos morosos, ao banco "podre" e deverão enfrentar fortes perdas, cuja porcentagem ainda será determinada.
Por sua parte, o Bank of Cyprus, não só assumirá os depósitos dos pequenos poupadores do Laiki, mas também a dívida pendente desta entidade com o mecanismo de liquidez do Banco Central Europeu, avaliada em 9 bilhões de euros.
Os depósitos superiores aos 100 mil euros deste banco ficarão por enquanto congelados, à espera da recapitalização.
O Estado cipriota espera que desta operação de reestruturação bancária saiam os 4,2 bilhões de euros, do total de 5,8 bilhões que se comprometeu a reunir procedente do setor financeiro, em troca de um resgate de 10 bilhões de euros.
Em seu comunicado, o Banco Central sustenta que a operação de reestruturação bancária "possibilitará a criação de um banco saudável e resistente, capaz de atender as necessidades de seus clientes, e mais adiante, a respaldar a economia do Chipre".
No total, no Chipre existem seis bancos cipriotas, cinco filiais de bancos de outros países e filiais de 26 entidades estrangeiras, além de existir cerca de cem cooperativas bancárias.
No entanto, praticamente metade do setor bancário é controlada pelo Banco do Chipre, o Popular e o Hellenic Bank. EFE
Nicósia - Todos os bancos cipriotas reabrirão suas portas ao público nesta terça-feira, exceto o Banco do Chipre e o Banco Popular (Laiki Bank) que abrirão na quinta-feira, e todos operarão sem restrições no movimento de capitais, confirmaram nesta segunda-feira à Agência Efe fontes bancárias.
Os dois bancos mencionados estão afetados pelo plano de reestruturação estipulado na madrugada passada pelo Eurogrupo e por isso deverão esperar mais dois dias para adaptar-se às exigências do acordo alcançado ontem à noite pelos países do euro.
Os bancos do Chipre permanecem fechados desde o dia 16 de março, e desde então o único acesso a dinheiro vivo foi através dos caixas automáticos, mas com limitações nos saques.
A decisão de reabrir os bancos foi tomada após receber o sinal verde do Banco Central Europeu (BCE) que hoje manteve uma reunião sobre a situação das entidades financeiras do Chipre.
A ideia é que quando o Banco do Chipre e o Popular, as duas maiores entidades financeiras do país, abram suas portas na quinta-feira, também suspendam as restrições impostas.
Desde ontem e até o dia de reabertura, ambos bancos manterão no entanto seu limite de retirada de dinheiro em caixas automáticos em 120 e 100 euros, respectivamente.
O acordo selado ontem à noite em Bruxelas contempla a liquidação do Laiki e sua divisão em um banco "bom" e outro "podre".
A parte boa - formada pelos ativos sãos e os depósitos garantidos, os inferiores aos 100 mil euros - passará a fazer parte do Bank of Cyprus, principal entidade financeira do país, que também será submetida a uma reestruturação.
Os depósitos, pacotes de ações ou de bônus superiores aos 100 mil euros do Laiki passarão, junto com os empréstimos morosos, ao banco "podre" e deverão enfrentar fortes perdas, cuja porcentagem ainda será determinada.
Por sua parte, o Bank of Cyprus, não só assumirá os depósitos dos pequenos poupadores do Laiki, mas também a dívida pendente desta entidade com o mecanismo de liquidez do Banco Central Europeu, avaliada em 9 bilhões de euros.
Os depósitos superiores aos 100 mil euros deste banco ficarão por enquanto congelados, à espera da recapitalização.
O Estado cipriota espera que desta operação de reestruturação bancária saiam os 4,2 bilhões de euros, do total de 5,8 bilhões que se comprometeu a reunir procedente do setor financeiro, em troca de um resgate de 10 bilhões de euros.
Em seu comunicado, o Banco Central sustenta que a operação de reestruturação bancária "possibilitará a criação de um banco saudável e resistente, capaz de atender as necessidades de seus clientes, e mais adiante, a respaldar a economia do Chipre".
No total, no Chipre existem seis bancos cipriotas, cinco filiais de bancos de outros países e filiais de 26 entidades estrangeiras, além de existir cerca de cem cooperativas bancárias.
No entanto, praticamente metade do setor bancário é controlada pelo Banco do Chipre, o Popular e o Hellenic Bank. EFE