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BB muda segurança e reduz em um terço fraudes eletrônicas

BB passou a mandar SMS para o cliente confirmar as operações, trocou os cartões de débito por plásticos com chip e mapeou o comportamento dos correntistas.

Filial do Banco do Brasil no centro do Rio de Janeiro (Pilar Olivares/Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 31 de julho de 2015 às 14h55.

Brasília - O Banco do Brasil conseguiu reduzir em um terço as perdas com fraudes em transações eletrônicas em 2015 alterando algumas estratégias de segurança . A instituição passou a mandar SMS para o cliente confirmar as operações, ampliou o uso da biometria, trocou os cartões de débito por plásticos com chip e mapeou o comportamento dos correntistas.

Essas ações reduziram os prejuízos com fraudes em 32% no primeiro trimestre deste ano na comparação com o mesmo período do ano passado. Em 2014, de cada R$ 1 milhão transacionado, R$ 38,34 foram perdidos com fraude.

No primeiro trimestre deste ano, esse valor caiu para R$ 23,39. Nesse período, ainda houve crescimento de 4,5% na quantidade de transações efetuadas no banco em todas as plataformas, de 1,33 trilhão para 1,39 trilhão.

O BB começou a enviar SMS para os clientes para confirmar toda transação do cartão de crédito acima de R$ 30. Nos três primeiros meses deste ano, foram enviados 46 milhões de "torpedos". Quase 38 mil clientes responderam que as operações não tinham sido feitas por eles e evitaram assim que elas fossem autenticadas, com perda estimada em R$ 19 milhões.

"A gente quer que o cliente perceba que estamos monitorando tudo o que ele faz no dia a dia para evitar as fraudes", diz Walter Malieni, vice-presidente de Controles Internos e Gestão de Riscos do BB.

O maior banco do País quer ampliar a identificação biométrica para todos os mais de 44 mil terminais de autoatendimento até 2017. Hoje, o porcentual de transações autenticadas pela biometria ainda representa um quarto de todas as efetuadas, o equivalente a 1,8 milhão por dia. Segundo Malieni, por dia, 15 mil clientes fazem o cadastramento biométrico no banco.

Chip

Toda a base de cartões do BB tem chip, o que diminui o risco de clonagem dos plásticos. Foram emitidos, no ano passado, 14 milhões de cartões de débito, o que representa 80% do total.

Essa ação fez com que as fraudes com cartão caíssem 56% na comparação dos três primeiros meses deste ano em relação a igual período do ano passado. Ainda está em curso um processo de mapeamento do comportamento dos clientes do banco que permite uma "customização" dos limites para cada operação.

O executivo não revela o valor dos investimentos do banco no aprimoramento da segurança, mas diz que é "infinitamente menor" do que as despesas com ações judiciais de clientes que tiveram perdas com fraudes e com a associação da marca do banco como instituição que desrespeita os direitos dos consumidores.

O BB, que já liderou o ranking de reclamações dos consumidores feito pelo Banco Central, aparece agora na sétima colocação, atrás dos principais concorrentes. No levantamento da Secretaria Nacional de Defesa do Consumidor (Senacon), ligada ao Ministério da Justiça, o número de reclamações do BB é três vezes menor do que das instituições privadas.

A pedagoga Cinthia Roberta, de 45 anos, conseguiu, com o aviso do banco, evitar uma perda de R$ 7,8 mil. Ela caiu em um golpe da internet, que pediu uma atualização do cadastro, e teve os dados clonados. "Não importa o valor, o importante é que o meu dinheiro não foi roubado, continuou na minha conta", afirma.

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No primeiro trimestre deste ano, esse valor caiu para R$ 23,39. Nesse período, ainda houve crescimento de 4,5% na quantidade de transações efetuadas no banco em todas as plataformas, de 1,33 trilhão para 1,39 trilhão.

O BB começou a enviar SMS para os clientes para confirmar toda transação do cartão de crédito acima de R$ 30. Nos três primeiros meses deste ano, foram enviados 46 milhões de "torpedos". Quase 38 mil clientes responderam que as operações não tinham sido feitas por eles e evitaram assim que elas fossem autenticadas, com perda estimada em R$ 19 milhões.

"A gente quer que o cliente perceba que estamos monitorando tudo o que ele faz no dia a dia para evitar as fraudes", diz Walter Malieni, vice-presidente de Controles Internos e Gestão de Riscos do BB.

O maior banco do País quer ampliar a identificação biométrica para todos os mais de 44 mil terminais de autoatendimento até 2017. Hoje, o porcentual de transações autenticadas pela biometria ainda representa um quarto de todas as efetuadas, o equivalente a 1,8 milhão por dia. Segundo Malieni, por dia, 15 mil clientes fazem o cadastramento biométrico no banco.

Chip

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O executivo não revela o valor dos investimentos do banco no aprimoramento da segurança, mas diz que é "infinitamente menor" do que as despesas com ações judiciais de clientes que tiveram perdas com fraudes e com a associação da marca do banco como instituição que desrespeita os direitos dos consumidores.

O BB, que já liderou o ranking de reclamações dos consumidores feito pelo Banco Central, aparece agora na sétima colocação, atrás dos principais concorrentes. No levantamento da Secretaria Nacional de Defesa do Consumidor (Senacon), ligada ao Ministério da Justiça, o número de reclamações do BB é três vezes menor do que das instituições privadas.

A pedagoga Cinthia Roberta, de 45 anos, conseguiu, com o aviso do banco, evitar uma perda de R$ 7,8 mil. Ela caiu em um golpe da internet, que pediu uma atualização do cadastro, e teve os dados clonados. "Não importa o valor, o importante é que o meu dinheiro não foi roubado, continuou na minha conta", afirma.

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