Atos de professores no Rio terão 'busca' a 'infiltrados'
Segundo coordenadora-geral do Sepe, os "infiltrados" são policiais que atuam à paisana, de forma reservada
Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2013 às 20h33.
Rio - A partir de agora, as manifestações organizadas pelo Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação (Sepe) do Rio contarão com um comando especial para localizar o que a categoria define como "infiltrados" nos atos. De acordo com a coordenadora-geral do Sepe, Marta Moraes, integrantes do comando de greve e do próprio sindicato observarão tanto de cima do caminhão de som como do solo a presença de estranhos ao movimento.
Segundo Marta, os "infiltrados" são policiais que atuam à paisana, de forma reservada.
O comando anti-infiltrados é uma medida concreta do que a categoria define como "autodefesa", mas não se refere, por exemplo, aos black blocs , tidos como aliados pelos professores grevistas do Rio. "Uma vez que identificarmos essas pessoas, a providência será apontá-los e mandá-los sair . Nossos atos terminam sempre para cima e vamos combater quem quer trazer a confusão", disse.
Ela negou que o Sepe incentive os grevistas a levar máscaras ou capacetes para se proteger em possíveis confrontos, mas disse que "alguns professores resolveram adquirir por conta própria". Sobre os black blocs, Marta reafirmou que não fará avaliações a respeito do movimento. "O que posso dizer é que, durante a desocupação da Câmara de Vereadores (realizada com uso da força pela Polícia Militar no dia 28), não houve mais pessoas feridas por causa da ajuda dos black blocs", afirma.
Nesta quinta-feira, 10, os professores da rede municipal, estadual e da Fundação de Apoio à Escola Técnica (Faetec) fizeram ato conjunto no Largo do Machado, zona sul da capital fluminense. O ato reuniu cerca de 400 manifestantes, que saíram em passeata pelas ruas do bairro de Laranjeiras. Um princípio de confusão aconteceu quando um PM se desentendeu com jovens que colavam cartazes da greve e tentaram pichar um muro, mas não houve confronto.
O objetivo dos professores era protestar diante do Palácio Guanabara, sede do governo do Rio. Eles reclamam que o governador Sérgio Cabral (PMDB) não mantém um canal de negociação com a categoria. Um cordão de isolamento, com PMs munidos de escudos, foi montado na esquina das Ruas Pinheiro Machado e Álvaro Chaves para conter os manifestantes.
Contrariados com a recusa de Cabral em recebê-los, os grevistas mantiveram o bloqueio da rua e o criticaram por meio do carro de som durante quatro horas. No começo da noite, o grupo resolveu deixar Laranjeiras e seguiu em passeata, novamente, até o Largo do Machado. A Secretaria de Estado de Educação se manifestou nesta quinta-feira sobre a pauta do Sepe, por meio de nota. O governo do Estado afirma que, nesta quarta-feira, 9, apenas 439 dos mais de 91 mil servidores da secretaria faltaram ao trabalho - o que indicaria baixa adesão ao movimento grevista.
Rio - A partir de agora, as manifestações organizadas pelo Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação (Sepe) do Rio contarão com um comando especial para localizar o que a categoria define como "infiltrados" nos atos. De acordo com a coordenadora-geral do Sepe, Marta Moraes, integrantes do comando de greve e do próprio sindicato observarão tanto de cima do caminhão de som como do solo a presença de estranhos ao movimento.
Segundo Marta, os "infiltrados" são policiais que atuam à paisana, de forma reservada.
O comando anti-infiltrados é uma medida concreta do que a categoria define como "autodefesa", mas não se refere, por exemplo, aos black blocs , tidos como aliados pelos professores grevistas do Rio. "Uma vez que identificarmos essas pessoas, a providência será apontá-los e mandá-los sair . Nossos atos terminam sempre para cima e vamos combater quem quer trazer a confusão", disse.
Ela negou que o Sepe incentive os grevistas a levar máscaras ou capacetes para se proteger em possíveis confrontos, mas disse que "alguns professores resolveram adquirir por conta própria". Sobre os black blocs, Marta reafirmou que não fará avaliações a respeito do movimento. "O que posso dizer é que, durante a desocupação da Câmara de Vereadores (realizada com uso da força pela Polícia Militar no dia 28), não houve mais pessoas feridas por causa da ajuda dos black blocs", afirma.
Nesta quinta-feira, 10, os professores da rede municipal, estadual e da Fundação de Apoio à Escola Técnica (Faetec) fizeram ato conjunto no Largo do Machado, zona sul da capital fluminense. O ato reuniu cerca de 400 manifestantes, que saíram em passeata pelas ruas do bairro de Laranjeiras. Um princípio de confusão aconteceu quando um PM se desentendeu com jovens que colavam cartazes da greve e tentaram pichar um muro, mas não houve confronto.
O objetivo dos professores era protestar diante do Palácio Guanabara, sede do governo do Rio. Eles reclamam que o governador Sérgio Cabral (PMDB) não mantém um canal de negociação com a categoria. Um cordão de isolamento, com PMs munidos de escudos, foi montado na esquina das Ruas Pinheiro Machado e Álvaro Chaves para conter os manifestantes.
Contrariados com a recusa de Cabral em recebê-los, os grevistas mantiveram o bloqueio da rua e o criticaram por meio do carro de som durante quatro horas. No começo da noite, o grupo resolveu deixar Laranjeiras e seguiu em passeata, novamente, até o Largo do Machado. A Secretaria de Estado de Educação se manifestou nesta quinta-feira sobre a pauta do Sepe, por meio de nota. O governo do Estado afirma que, nesta quarta-feira, 9, apenas 439 dos mais de 91 mil servidores da secretaria faltaram ao trabalho - o que indicaria baixa adesão ao movimento grevista.