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Ato lembra vítimas da ditadura e repudia violência policial

A caminhada começou perto da Estação do Metrô Paraíso, percorreu toda a avenida e terminou em frente ao escritório da Presidência da República (PR)

Avenida Paulista: em torno de mil pessoas, segundo a Polícia Militar, saíram em passeata hoje, na Avenida Paulista, para lembrar os 50 anos do golpe militar (Mario Rodrigues/Veja São Paulo)
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Da Redação

Publicado em 1 de abril de 2014 às 21h26.

São Paulo - Em torno de mil pessoas, segundo a Polícia Militar (PM), saíram em passeata hoje (1º), na Avenida Paulista, centro de São Paulo, para lembrar os 50 anos do golpe militar.

Carregando caixões negros e fotografias, os manifestantes homenagearam os mortos e torturados em 21 anos de ditadura . Também foram homenageadas da mesma forma vítimas da violência policial nos últimos anos.

A caminhada começou perto da Estação do Metrô Paraíso, percorreu toda a avenida e terminou em frente ao escritório da Presidência da República (PR).

O grupo era formado principalmente por militantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), mas também teve apoio do Movimento Passe Livre e do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST).

Os manifestantes protocolaram um documento contra a violência policial e a repressão a protestos no Ministério Público Federal (MPF) e no escritório da PR.

Entre as reivindicações apresentadas no texto estão: o abandono do uso de armas letais em protestos, fim das prisões por averiguação, uso obrigatório de identificação pelos policiais e a garantia de trabalho para jornalistas, advogados e outros profissionais que acompanham os protestos.

Segundo o coordenador do MTST, Wilson Maria das Dores, os valores da ditadura ainda repercutem na sociedade. “Uma prova disso é a PM. Para os policiais, na periferia só tem ladrão. Eles matam e não acontece nada. Tudo isso que está ocorrendo hoje é um reflexo da ditadura”, afirmou.

Adalgisa Sales disse que perdeu o neto, Bruno Wagner, no ano passado, morto por engano, por policiais militares.

“Ele chegou do serviço cansado e com fome. Foi comprar uma pizza. Quando ele saiu no portão os policiais estavam tentando atirar em alguém. Uma bala pegou nele”, relatou a moradora do Jardim Macedônia, na região do Capão Redondo, zona sul paulistana.

Os manifestantes também criticaram o projeto de lei que tramita no Congresso Nacional para tipificar o crime de terrorismo. Para Wilson das Dores, o projeto pode restringir o direito de manifestação.

“É um meio, pelo qual eles estão colocando em pauta, da gente não poder mais se manifestar na rua. Mas esse é o único meio que a gente tem de se manifestar e falar as coisas que estão erradas”.

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São Paulo - Em torno de mil pessoas, segundo a Polícia Militar (PM), saíram em passeata hoje (1º), na Avenida Paulista, centro de São Paulo, para lembrar os 50 anos do golpe militar.

Carregando caixões negros e fotografias, os manifestantes homenagearam os mortos e torturados em 21 anos de ditadura . Também foram homenageadas da mesma forma vítimas da violência policial nos últimos anos.

A caminhada começou perto da Estação do Metrô Paraíso, percorreu toda a avenida e terminou em frente ao escritório da Presidência da República (PR).

O grupo era formado principalmente por militantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), mas também teve apoio do Movimento Passe Livre e do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST).

Os manifestantes protocolaram um documento contra a violência policial e a repressão a protestos no Ministério Público Federal (MPF) e no escritório da PR.

Entre as reivindicações apresentadas no texto estão: o abandono do uso de armas letais em protestos, fim das prisões por averiguação, uso obrigatório de identificação pelos policiais e a garantia de trabalho para jornalistas, advogados e outros profissionais que acompanham os protestos.

Segundo o coordenador do MTST, Wilson Maria das Dores, os valores da ditadura ainda repercutem na sociedade. “Uma prova disso é a PM. Para os policiais, na periferia só tem ladrão. Eles matam e não acontece nada. Tudo isso que está ocorrendo hoje é um reflexo da ditadura”, afirmou.

Adalgisa Sales disse que perdeu o neto, Bruno Wagner, no ano passado, morto por engano, por policiais militares.

“Ele chegou do serviço cansado e com fome. Foi comprar uma pizza. Quando ele saiu no portão os policiais estavam tentando atirar em alguém. Uma bala pegou nele”, relatou a moradora do Jardim Macedônia, na região do Capão Redondo, zona sul paulistana.

Os manifestantes também criticaram o projeto de lei que tramita no Congresso Nacional para tipificar o crime de terrorismo. Para Wilson das Dores, o projeto pode restringir o direito de manifestação.

“É um meio, pelo qual eles estão colocando em pauta, da gente não poder mais se manifestar na rua. Mas esse é o único meio que a gente tem de se manifestar e falar as coisas que estão erradas”.

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