Arcabouço fiscal: relator no Senado afirma que fará alterações em acordo com Cajado e Lira
Senador Omar Aziz diz que fará um texto negociado com a Câmara para que a aprovação final do projeto ocorra antes do recesso parlamentar
Agência de notícias
Publicado em 31 de maio de 2023 às 19h07.
Última atualização em 31 de maio de 2023 às 19h18.
O relator do arcabouço fiscal no Senado, Omar Aziz (PSD-AM), disse que vai se reunir com o relator da proposta na Câmara dos Deputados, Cláudio Cajado (PP-BA), e o presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), para definir, em acordo, alterações no texto. O senador acredita que a negociação deve acelerar a tramitação e evitar que a aprovação final do marco fiscal fique para o segundo semestre.
Aziz lembrou das dificuldades na relação entre governo Lula e Câmara e teme um atraso no processo, caso o texto retorne à Câmara após mudanças.
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"Tenho interesse de votar o arcabouço fiscal em um acordo. Não saberemos como vai estar a relação do governo com a Câmara. Eu tenho de sentar com Cajado e Lira para ver o que podemos mudar. Senão, vamos perder muito tempo, isso volta para a Câmara e seria votado apenas depois do recesso parlamentar", explicou Omar Aziz em entrevista à Globonews.
Fundeb dentro do marco fiscal
Omar Aziz sinalizou ainda que a manutenção do Fundeb dentro do limite da regra fiscal pode ser uma das modificações.
"Quero entender porque colocar o Fundeb no arcabouço e não manter como era. Segundo o relator, não teria prejuízo. Segundo outros, teria prejuízo. Vamos chegar a um meio-termo", afirmou.
Crédito extra para 2024
O relator do arcabouço fiscal no Senado ainda disse que o artigo que permite gastos extras para o governo em 2024 precisa ser melhorado.
"A redação não é muito clara, vamos aprofundar essa discussão. Estamos discutindo questões técnicas, mas que mais tarde podem ser judicializadas", disse Omar Aziz.
O trecho foi criticado por deputados, inclusive da base governista, por jogar a compensação de despesas extras apenas para o orçamento de 2025.