Alunos terão reunião com a administração da USP
Os estudantes apresentarão sua pauta de reivindicação, encabeçada pelas eleições diretas para reitoria
Da Redação
Publicado em 21 de outubro de 2013 às 11h02.
São Paulo - Vinte dias depois do início da greve e ocupação da sede da Reitoria, estudantes foram convocados na manhã desta segunda-feira, 21, para a primeira reunião de negociação com a administração da universidade. A USP divulgou a convocatória da reunião e anunciou os nomes dos professores que fazem parte da comissão.
Os estudantes apresentarão sua pauta de reivindicação deliberada nas assembleias gerais e de cursos. As principais propostas giram em torno da estrutura de poder da universidade, como as eleições diretas para reitoria, diretorias de unidades e chefes de departamento, fim da lista tríplice (que permite a intervenção do governador na escolha da reitoria) e abertura de um processo de estatuinte livre, soberana e democrática.
Para que o processo de negociação seja bem-sucedido, os estudantes colocam como condicionante que ninguém sofra punição pela ocupação da sede da Reitoria, o cancelamento das deliberações do Conselho Universitário que aprovou o modelo do processo eleitoral e a própria suspensão do pleito - que já conta com quatro candidatos inscritos.
Para a diretora do Diretório Central dos Estudantes, Luisa D'Ávola, a sinalização pela negociação é um reconhecimento formal da legitimidade do movimento grevista. "Rodas foi intransigente até agora com o movimento, mas foi derrotado inclusive na Justiça", disse, em referencia à negativa dada ao pedido de reintegração de posse. Pela decisão judicial, a polícia não poderá retirar os estudantes do local até o dia 14 de dezembro (as eleições estão marcadas para o dia 19).
Ainda segundo a diretora do DCE, a expectativa é que a Comissão de professores tenha disposição de instalar um processo de negociação de fato. "A nossa greve está crescendo e, diante desta reivindicação justa por mais democracia na USP que dura muitos anos, quem deve se preocupar com enrolações é o atual reitor, os novos candidatos à Reitoria e o governador Geraldo Alckmin", concluiu.
O Comando de Greve pretende colocar na pauta também a implementação de cotas raciais, devolução de dois prédios para moradia estudantil e o fim do convênio da USP com a Polícia Militar.
Presidida pelo chefe do Gabinete do Reitor, Alberto Carlos Amadio, a Comissão é formada pelos docentes José Carlos Maldonado (Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação), Margarida Maria Krohling Kunsch (Escola de Comunicações e Artes), Sérgio França Adorno de Abreu (Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas), Waldyr Antonio Jorge (Superintendência de Assistência Social) e Welington Braz Carvalho Delitti (Superintendência de Gestão Ambiental).
A greve iniciada no dia 1 de outubro já foi referendada em pelo menos 35 cursos da USP em São Paulo, além da paralisação em Piracicaba. No sábado, 19, a Tropa de Choque foi acionada para retirar os estudantes que estavam ocupando a administração da USP Leste.
São Paulo - Vinte dias depois do início da greve e ocupação da sede da Reitoria, estudantes foram convocados na manhã desta segunda-feira, 21, para a primeira reunião de negociação com a administração da universidade. A USP divulgou a convocatória da reunião e anunciou os nomes dos professores que fazem parte da comissão.
Os estudantes apresentarão sua pauta de reivindicação deliberada nas assembleias gerais e de cursos. As principais propostas giram em torno da estrutura de poder da universidade, como as eleições diretas para reitoria, diretorias de unidades e chefes de departamento, fim da lista tríplice (que permite a intervenção do governador na escolha da reitoria) e abertura de um processo de estatuinte livre, soberana e democrática.
Para que o processo de negociação seja bem-sucedido, os estudantes colocam como condicionante que ninguém sofra punição pela ocupação da sede da Reitoria, o cancelamento das deliberações do Conselho Universitário que aprovou o modelo do processo eleitoral e a própria suspensão do pleito - que já conta com quatro candidatos inscritos.
Para a diretora do Diretório Central dos Estudantes, Luisa D'Ávola, a sinalização pela negociação é um reconhecimento formal da legitimidade do movimento grevista. "Rodas foi intransigente até agora com o movimento, mas foi derrotado inclusive na Justiça", disse, em referencia à negativa dada ao pedido de reintegração de posse. Pela decisão judicial, a polícia não poderá retirar os estudantes do local até o dia 14 de dezembro (as eleições estão marcadas para o dia 19).
Ainda segundo a diretora do DCE, a expectativa é que a Comissão de professores tenha disposição de instalar um processo de negociação de fato. "A nossa greve está crescendo e, diante desta reivindicação justa por mais democracia na USP que dura muitos anos, quem deve se preocupar com enrolações é o atual reitor, os novos candidatos à Reitoria e o governador Geraldo Alckmin", concluiu.
O Comando de Greve pretende colocar na pauta também a implementação de cotas raciais, devolução de dois prédios para moradia estudantil e o fim do convênio da USP com a Polícia Militar.
Presidida pelo chefe do Gabinete do Reitor, Alberto Carlos Amadio, a Comissão é formada pelos docentes José Carlos Maldonado (Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação), Margarida Maria Krohling Kunsch (Escola de Comunicações e Artes), Sérgio França Adorno de Abreu (Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas), Waldyr Antonio Jorge (Superintendência de Assistência Social) e Welington Braz Carvalho Delitti (Superintendência de Gestão Ambiental).
A greve iniciada no dia 1 de outubro já foi referendada em pelo menos 35 cursos da USP em São Paulo, além da paralisação em Piracicaba. No sábado, 19, a Tropa de Choque foi acionada para retirar os estudantes que estavam ocupando a administração da USP Leste.