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Alunos protestam contra cortes durante visita de Bolsonaro a colégio no RJ

Os manifestantes são alunos de instituições federais, em especial dos Colégios Pedro II, Cefet e Instituto Federal, além de universidades

Manifestação no Rio: protesto é contra o corte de verbas na Educação anunciado pelo governo federal na semana passada (Sergio Moraes/Reuters)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 6 de maio de 2019 às 09h45.

Última atualização em 6 de maio de 2019 às 12h52.

Rio — Um grupo com pelo menos 300 manifestantes, entre estudantes e pais de alunos, protesta nesta segunda-feira (6) em frente ao Colégio Militar do Rio de Janeiro (CMRJ), onde o presidente Jair Bolsonaro participa de uma cerimônia de 130 anos da instituição.

O protesto é contra o corte de verbas na Educação anunciado pelo governo federal na semana passada.

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Quase a totalidade dos manifestantes é formada por alunos de instituições federais, em especial dos Colégios Pedro II, Cefet e Instituto Federal, além de alunos de universidades, como UFRJ.

Além deles, um grupo carrega bandeiras e faixas da Frente Internacionalista dos Sem Teto. Uma manifestante veste uma camiseta com a inscrição "Lula Livre".

O ato é acompanhado por guardas municipais e por integrantes da Polícia do Exército — a Força montou um forte esquema de segurança no local. Nenhum incidente havia sido registrado até a publicação desta nota.

Segurança

Cercado de forte aparato de segurança, Bolsonaro chegou sem problemas ao local. Dezenas de soldados foram colocados de prontidão nas ruas próximas ao colégio, formando um cordão humano  com eles enfileirados de 10 em 10 metros, além de veículos militares espalhados pelo bairro.

Bolsonaro deve ficar no mínimo duas horas no evento, que terá várias etapas, entre elas a entrega de uma medalha do Colégio ao presidente, desfiles e discursos das autoridades presentes. O governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, e o prefeito da cidade, Marcelo Crivella também participam do evento.

Escola militar

Em meio ao polêmico corte de verbas para a educação no Brasil, o presidente Jair Bolsonaro disse nesta segunda-feira, 6, que quer preparar "meninos e meninas" para a quarta revolução industrial no país e, para isso, quer construir um colégio militar em cada Estado brasileiro.

O discurso durou cerca de dois minutos e foi aplaudido pelos alunos do Colégio Militar que desde cedo esperavam Bolsonaro enfileirados nas dependências do entidade. Alguns estudantes passaram mal com o calor e foram retirados do evento.

"Estamos fazendo no Campo de Marte, na capital de São Paulo, o maior colégio militar do Brasil. Queremos preparar os jovens para a quarta revolução industrial. Desta forma mudaremos o destino no Brasil", afirmou Bolsonaro durante discurso nas comemorações dos 130 anos do Colégio Militar do Rio de Janeiro, o mais antigo do País, fundado por Thomaz Coelho na Tijuca, bairro da zona norte do Rio de Janeiro.

Acompanhado do vice-presidente, general Hamilton Mourão, ex-aluno do Colégio Militar, Bolsonaro fez questão de ressaltar que os dois não estudaram juntos no Rio, mas foram colegas na Academia das Agulhas Negras. Também vieram ao evento um dos filhos do presidente, Flávio Bolsonaro, o governador do Rio, Wilson Witzel e o prefeito Marcelo Crivella.

Bolsonaro é o primeiro presidente da República a visitar o Colégio Militar do Rio em 40 anos. O último havia sido o presidente João Figueiredo, em 1970.

Ele destacou a qualidade da educação proporcionada pelos colégios dirigidos por militares, afirmando que as "escolas militares honram todos os brasileiros com a educação básica" e que seriam bem colocadas nos rankings dos Estados.

"Queremos colocar colégios militares em todos os Estados do Brasil", afirmou Bolsonaro, que cortou verbas das principais entidades federais de ensino, o que provocou um protesto de estudantes na porta do evento, sem maiores consequências.

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