Alunos do Bolsa Família repetem menos de ano, diz estudo
Pesquisa do Ipea aponta que crianças e jovens de famílias cadastradas no programa têm 11% menos chances de repetir de ano do que os demais
Da Redação
Publicado em 28 de março de 2013 às 15h14.
São Paulo – Os alunos que recebem Bolsa Família no Brasil têm 11% menos chances de repetir de ano do que alunos não beneficiados pelo programa. Isso de acordo com estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada ( Ipea ), que apontou que a probabilidade de repetência dos estudantes que não recebem o benefício é de 14,6%, contra 13,2% para os alunos do Bolsa Família.
Segundo o relatório, há “evidências de que o Programa Bolsa Família reduz a repetência de quem o recebe”.
O estudo foi feito pelos pesquisadores Luis de Oliveira e Sergei Soares com base nas famílias incluídas no Cadastro Único, mantido pelo governo federal com aquelas com renda mensal de até R$ 140 por pessoa.
A comparação foi feita com base nos dados deste cadastro com o Censo Escolar, mantido pelo Ministério da Educação e que abrange toda a rede pública, e com o Projeto Frequência Escolar, que faz parte do programa Bolsa Família.
Outras diferenças
A pesquisa detectou ainda outros fatores que aumentam ou diminuem a repetência. Nas casas onde os pais responsáveis completaram pelo menos o ensino médio de educação formal, as crianças tinham 32% menos chances de repetir o ano escolar.
De acordo com os pesquisadores, os meninos têm mais chances de repetir: 70%.
Escolas municipais e estaduais se deram mal no estudo. Alunos de escolas públicas têm entre 68% e 84% mais chances de reprovação do que os de escolas privadas.
Um índice alto foi o de repetência entre alunos com necessidades especiais: eles têm 80% mais chances de ficarem retidos em um ano do que estudantes sem nenhuma limitação. Para os pesquisadores, “isso demonstra uma dificuldade do sistema escolar em lidar com essas pessoas”.
Em geral, escolas e domicílios com boa estrutura beneficiam o aluno. Aulas mais longas, dadas em salas com menos alunos e por professores melhor preparados (com mestrado e doutorado), também.
Confira o estudo completo:
São Paulo – Os alunos que recebem Bolsa Família no Brasil têm 11% menos chances de repetir de ano do que alunos não beneficiados pelo programa. Isso de acordo com estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada ( Ipea ), que apontou que a probabilidade de repetência dos estudantes que não recebem o benefício é de 14,6%, contra 13,2% para os alunos do Bolsa Família.
Segundo o relatório, há “evidências de que o Programa Bolsa Família reduz a repetência de quem o recebe”.
O estudo foi feito pelos pesquisadores Luis de Oliveira e Sergei Soares com base nas famílias incluídas no Cadastro Único, mantido pelo governo federal com aquelas com renda mensal de até R$ 140 por pessoa.
A comparação foi feita com base nos dados deste cadastro com o Censo Escolar, mantido pelo Ministério da Educação e que abrange toda a rede pública, e com o Projeto Frequência Escolar, que faz parte do programa Bolsa Família.
Outras diferenças
A pesquisa detectou ainda outros fatores que aumentam ou diminuem a repetência. Nas casas onde os pais responsáveis completaram pelo menos o ensino médio de educação formal, as crianças tinham 32% menos chances de repetir o ano escolar.
De acordo com os pesquisadores, os meninos têm mais chances de repetir: 70%.
Escolas municipais e estaduais se deram mal no estudo. Alunos de escolas públicas têm entre 68% e 84% mais chances de reprovação do que os de escolas privadas.
Um índice alto foi o de repetência entre alunos com necessidades especiais: eles têm 80% mais chances de ficarem retidos em um ano do que estudantes sem nenhuma limitação. Para os pesquisadores, “isso demonstra uma dificuldade do sistema escolar em lidar com essas pessoas”.
Em geral, escolas e domicílios com boa estrutura beneficiam o aluno. Aulas mais longas, dadas em salas com menos alunos e por professores melhor preparados (com mestrado e doutorado), também.
Confira o estudo completo: