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Alcolumbre diz não conhecer Guedes, mas afirma que está de portas abertas

O novo presidente do Senado, eleito ontem, disse em entrevista que pretende tocar com celeridade as proposições do governo

"Os brasileiros apresentaram para o Brasil um novo Congresso", disse o novo presidente do Senado neste sábado (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 3 de fevereiro de 2019 às 10h05.

Última atualização em 3 de fevereiro de 2019 às 10h05.

Brasília - Eleito presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AL) disse que, apesar de não conhecer o ministro da Economia, Paulo Guedes, está com as portas abertas para "tocar com celeridade as proposições do governo", disse. Alcolumbre diz que considera a reforma da Previdência algo fundamental ao País. "Não tenho dúvida que a prioridade será votarmos a reforma da Previdência", afirmou.

O novo presidente disse que o Senado é a Casa do entendimento, do diálogo. "O governo vai enviar sua pauta e vão ser feitas avaliações pelas comissões pertinentes", afirmou. "Os brasileiros apresentaram para o Brasil um novo Congresso", disse.

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Em relação ao imbróglio que levou os senadores a anularem a primeira votação deste sábado, o novo presidente da Casa afirmou que irá determinar apuração para saber se houve ou não intenção de fazer uma fraude. "Por enquanto, há uma suspeita e vamos apurar esse assunto", disse. "Parece que tem uma filmagem, precisamos apurar, avaliar", disse.

Ele admitiu que a votação foi tumultuada, mas considerou que o Senado "saiu muito grande desse processo por cumprir a decisão judicial", disse. Na madrugada, o Supremo Tribunal Federal (STF) determinou que a votação fosse secreta e não aberta como a maioria dos senadores tinha votado anteriormente. No entanto, apesar do rito ter se mantido secreto, boa parte dos senadores revelaram o voto durante o pleito, inclusive mostrando as cédulas para as câmeras.

Ele confirmou que foi agendada uma reunião para terça-feira, dia 5, para discutir a proporcionalidade da Casa com os líderes partidários, o que deve determinar a distribuição de cargos na Mesa Diretora e comissões.

Em relação à senadora Katia Abreu (PDT-TO), que protagonizou uma cena curiosa com Alcolumbre na sessão de sexta-feira, dia 1º, ele afirmou que a parlamentar é uma amiga e que estará à disposição dela. A senadora pegou uma pasta da mesa diretora enquanto Alcolumbre presidia a sessão e, quando ele pediu que ela devolvesse, a senadora retrucou "vem tomar".Neste sábado, a ex-ministra da Agricultura o presenteou com um buquê de flores. "Estamos vivendo outro momento, isso é uma página virada", disse.

Sobre o principal adversário nesta eleição, Renan Calheiros (MDB-AL), Alcolumbre afirmou que vai telefonar para o senador e que a experiência dele "vai ser muito importante". "Assim como vou ligar para todos os senadores, a bandeira vai ser o diálogo", disse. "O Senado não pode parar, os senadores vão ter que fazer dessa casa o que o Brasil esperar."

Por fim, ele disse ainda que entrou na eleição para ganhar e que vai tentar pacificar insistentemente a Casa para que o diálogo seja o pano de fundo da sua administração. "O presidente do Senado Federal não tem partido, é o presidente de uma instituição".

Bandeira

Sobre o secretário-geral da Mesa do Senado, Luiz Fernando Bandeira de Mello, Alcolumbre disse que ele é um servidor que tem ajudado muito o Senado. "Quero tomar decisões com os líderes", disse.

O presidente em exercício do Senado, José Maranhão (MDB-PB) reconduziu Bandeira para o cargo de secretário-geral da Mesa do Senado. Ele havia sido destituído do cargo depois de editar um ato que determinava que o próprio Maranhão conduziria os trabalhos.

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