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Alckmin não vê necessidade de intervenção na segurança como no RJ

Tucano disse que, se medida fosse necessária, teria de ser feita em unidades da Federação que têm índices de criminalidade piores do que os fluminenses

Geraldo Alckmin: "Crime organizado não tem fronteira, você tem que combater 24 horas por dia" (Paulo Whitaker/Reuters)
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Reuters

Publicado em 13 de agosto de 2018 às 18h44.

São Paulo - O candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin , disse nesta segunda-feira que um eventual governo seu terá metas estaduais para redução da criminalidade e uma guarda nacional permanente, ao mesmo tempo que afirmou não haver necessidade de uma intervenção federal na área de segurança como a que vigora no Estado do Rio de Janeiro.

Em sabatina promovida pela revista IstoÉ, Alckmin também rebateu acusações do candidato do PDT ao Planalto, Ciro Gomes, que afirmou que o governo tucano no Estado de São Paulo fez acordo com o PCC, facção criminosa que teve origem em solo paulista e que atua dentro e fora de presídios de todo o país.

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"Crime organizado não tem fronteira, você tem que combater 24 horas por dia", disse Alckmin, voltando a listar índices de criminalidade em São Paulo, menores do que no restante do país.

"Vamos ter uma guarda nacional, federal... Vamos ter meta, Estado a Estado, para reduzir a criminalidade", acrescentou o tucano, que criticou o modelo atual da Força Nacional de Segurança Pública, por contar com policiais "emprestados" dos Estados.

Sobre a acusação de Ciro, Alckmin negou, quando indagado, que vá processar o adversário, por ter "apreço" pelo pedetista. O tucano lembrou que, assim como ele, Ciro nasceu em Pindamonhangaba, interior de São Paulo, ao mesmo tempo que disse que a acusação é um desrespeito com a sociedade paulista e com o trabalho realizado pela polícia.

"Eu vou ajudar o Ceará (se eleito)", alfinetou Alckmin, lembrando que o Estado, reduto eleitoral de Ciro, que enfrentou recente onda de violência.

Questionado sobre a intervenção federal na área de segurança pública do Estado do Rio de Janeiro, Alckmin disse não ver necessidade da medida e argumentou que, se ela fosse necessária, teria de ser feita em outras unidades da Federação que têm índices de criminalidade piores do que os fluminenses.

O tucano reiterou na sabatina à IstoÉ sua proposta de fazer reformas --como a política, a tributária e a da Previdência-- nos primeiros seis meses de mandato, assim como voltou a prometer zerar o déficit primário em até dois anos caso seja eleito em outubro.

Alckmin disse que, "se possível", não buscará revisar a regra do teto dos gastos públicos, embora a tenha considerado desnecessária.

Sobre a reforma da Previdência, o tucano voltou a defender um regime único para os funcionários dos setores público e privado, mas afirmou que haverá um regime diferenciado para os militares das Forças Armadas.

"A única exceção, as Forças Armadas, que vão ter uma reforma também, mas não igual", disse o tucano, argumentando que em vários países do mundo os militares têm um regime previdenciário diferenciado em relação ao restante da população.

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