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Aécio nega que PSDB recebeu doações ilegais da construtora

O ex-presidente da Andrade Gutierrez Otávio Marques Azevedo fechou recentemente delação premiada - homologada no Supremo Tribunal Federal (STF)


	Aécio Neves: "Uma coisa é financiamento de campanha, outra coisa é o achaque. O PT tem que responder às acusações que lhe são feitas"
 (Adriano Machado/Reuters)

Aécio Neves: "Uma coisa é financiamento de campanha, outra coisa é o achaque. O PT tem que responder às acusações que lhe são feitas" (Adriano Machado/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 8 de abril de 2016 às 17h41.

São Paulo - O senador Aécio Neves (MG) rebateu a argumentação do governo de que tanto a campanha dele em 2014 como a da presidente Dilma Rousseff receberam dinheiro das mesmas empreiteiras, inclusive da Andrade Gutierrez.

"Uma coisa é financiamento de campanha, outra coisa é o achaque. O PT tem que responder às acusações que lhe são feitas. Nós recebemos de várias empresas, mas não se esqueça, somos oposição. Que influência teríamos no benefício dessas empresas? Ao contrário, isso não está sendo sequer questionado", afirmou o tucano rapidamente ao deixar um ato pró-impeachment em São Paulo e retornar para Brasília.

O ex-presidente da Andrade Gutierrez Otávio Marques Azevedo fechou recentemente delação premiada - homologada no Supremo Tribunal Federal (STF).

O executivo traz dados em sua delação de que as doações das campanhas de 2014 e 2010 para a presidente Dilma Rousseff foram fruto de propina, de superfaturamento de contratos em obras da Petrobras e do setor elétrico.

Aécio afirmou que o momento é de centrar na estratégia para passar o impeachment de Dilma na Câmara. O tucano argumentou que, se Dilma conseguir resistir, haverá um clima de "ingovernabilidade" no País.

"A presidente Dilma, independentemente do resultado de votação do impeachment, perdeu todas as condições de governar o Brasil."

O presidente da oposição também acusou o governo de barganhar cargos, fazendo um 'mercado persa' para evitar a deposição.

Aécio participou de um ato com sindicalistas e políticos de oposição, que se encerrou pouco após ele deixar o local.

Houve pronunciamento de tucanos e de representantes dos trabalhadores, além do organizador, deputado Paulinho da Força (SD-SP), aliado do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

Os manifestantes entoaram gritos contra o governo, houve uso de carro de som e bandeiras, além de rojões.

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