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A vez de Mantega: a Lava-Jato se espalha

Exatos 50 dias após sua última operação, a Lava-Jato voltou às ruas na manhã desta quarta-feira. Na 34ª, batizada de Arquivo X. Desta vez, foram 33 mandados de busca e apreensão, oito de condução coercitiva e oito de prisão temporária. O mais comentado recaiu sobre o ex-ministro da Fazenda, Guido Mantega, que teria pedido doações […]

MANTEGA É CONDUZIDO PELA PF: ele teria pedido doações ilegais para Eike Batista e a empreiteira Mendes Júnior / Nacho Doce/ Reuters
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Da Redação

Publicado em 22 de setembro de 2016 às 18h49.

Última atualização em 23 de junho de 2017 às 19h33.

Exatos 50 dias após sua última operação, a Lava-Jato voltou às ruas na manhã desta quarta-feira. Na 34ª, batizada de Arquivo X. Desta vez, foram 33 mandados de busca e apreensão, oito de condução coercitiva e oito de prisão temporária. O mais comentado recaiu sobre o ex-ministro da Fazenda, Guido Mantega, que teria pedido doações ilegais de 5 milhões de reais para o empresário Eike Batista e 7 milhões para a empreiteira Mendes Júnior.

Mantega foi preso no hospital Albert Einstein, no Morumbi, em São Paulo, no começo da manhã. Ele acompanhava a mulher, que iria passar por uma cirurgia para o tratamento de câncer. Por causa disso, o juiz Sergio Moro mandou soltar o ex-ministro por volta do meio-dia, alegando questões “humanitárias”. Mantega já havia sido levado para depor coercitivamente, em maio, também por supostamente ter pedido doações ilegais.

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Não houve ação ostensiva no hospital. Os policiais telefonaram para Mantega, que se apresentou na porta. Enquanto isso, a esposa estava anestesiada e semiconsciente. A Polícia Federal alegou que o que aconteceu foi uma coincidência infeliz e a defesa do ex-ministro disse que não vai explorar o caso em sua defesa.

Como os procuradores da Lava-Jato falaram no dia que apresentaram a denúncia contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a Lava-Jato passou a se expandir-se lateralmente. Saiu da Casa Civil da presidência e foi para um dos principais ministérios do governo, o da Fazenda, e também para empresários de fora do mundo das empreiteiras. Eike, que não é investigado (ao menos não publicamente), não fez sua história ligado ao governo, mas, como a maioria das empresas grandes do Brasil, cruzou o caminho público conforme crescia seu império. A bolsa de apostas diz que as próximas etapas da Lava-Jato vão mirar o BNDES e podem chegar ao ex-ministro Antonio Palocci.

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