A cinco dias da posse do Congresso, Bolsonaro passa por cirurgia
Presidente deve despachar por 10 dias em São Paulo, em estrutura improvisada no hospital Albert Einstein
Da Redação
Publicado em 28 de janeiro de 2019 às 06h34.
Última atualização em 5 de novembro de 2019 às 15h27.
A semana política começa dividida entre São Paulo e Brasília.
Na capital paulista, o presidente Jair Bolsonaro , passará na manhã desta segunda-feira por cirurgia para a retirada da bolsa de colostomia instalada após o atentado que sofreu durante a campanha eleitoral. Por 48 horas, o vice-presidente Hamilton Mourão volta a assumir a presidência, assim como semana passada, quando o titular estava em viagem à Suíça.
A partir de quarta-feira, porém, Bolsonaro volta a despachar do hospital Albert Einstein, onde deve ficar internado por dez dias. Uma estrutura foi improvisada pelo Gabinete de Segurança Institucional, e um grupo de técnicos foi despachado de Brasília. Serão dias intensos.
Durante a internação de Bolsonaro, segundo a Folha, a equipe econômica deve concluir o texto do projeto de reforma da Previdência, que deve ser apresentado até a segunda semana de fevereiro.
Em Brasília, por sua vez, as atenções se voltam para a posse do novo Congresso, agendada para sexta-feira, primeiro de fevereiro. Até lá, as articulações para a presidência do Senado e da Câmara continuarão intensas.
Nesta segunda-feira, 28, a cúpula do PSDB deve se reunir em Brasília para definir se terá um candidato próprio à presidência do Senado ou se embarcará no projeto Cid Gomes, que vem investindo em conversas com diversos partidos e, aparentemente, já conseguiu apoio de quatro deles: PDT, PSB, PPS e Rede.
Embora, até o momento, já existam oito pré-candidatos no pleito à presidência da casa, nem todas essas candidaturas devem se sustentar até sexta-feira, quando acontece a votação.
Entre os postulantes até agora confirmados, então: Álvaro Dias (Podemos-PR), Angelo Coronel (PSD-BA), Davi Alcolumbre (DEM-AP), Esperidião Amin (PP-SC), Major Olímpio (PSL-SP), Renan Calheiros (MDB-AL), Simone Tebet (MDB-MS) — que, se eleita, será a primeira mulher no comando do Senado — e Tasso Jereissati (PSDB-CE).
Para ser eleito presidente do Senado e comandar a casa pelos próximos dois anos, é preciso ter pelo menos 41 dos 81 votos. Se não houver maioria absoluta, acontece um segundo turno entre os dois mais votados. Na Câmara, o atual presidente, Rodrigo Maia (DEM-RJ), desponta como favorito à reeleição.
Nos primeiros dias de legislatura também serão escolhidos os responsáveis por mesas diretoras e comissões. No total, segundo a Folha, os eleitos poderão empregar até 682 cargos de confiança. Em São Paulo, Bolsonaro improvisa para dar prosseguimento a sua estratégia de governo que propõe uma nova relação com o Congresso. Em Brasília, a política legislativa de sempre retoma seu calendário.