50% reprovam governo Bolsonaro, e só 28% veem economia no rumo certo
Segue alto o apoio ao isolamento social como forma de enfrentar a pandemia. Para 76%, ele é a melhor forma de se prevenir, enquanto 14% veem exagero
João Pedro Caleiro
Publicado em 20 de maio de 2020 às 14h58.
Última atualização em 20 de maio de 2020 às 17h35.
A taxa da população que considera o governo do presidente Jair Bolsonaro ruim ou péssimo é de 50%, de acordo com uma pesquisa da XP/Ipespe divulgada nesta quarta-feira (20).
É praticamente o mesmo número da pesquisa de 30 de abril, mas representa 8 pontos percentuais a mais do que na pesquisa anterior, do dia 20 de abril. Também é o pior número desde o início do governo.
Já a taxa dos que consideram a administração Bolsonaro boa ou ótima oscilou de 27% no último dia 30 para 25% agora, dentro da margem de erro que é de 3,2 pontos percentuais.
Taxas praticamente iguais de aprovação e reprovação também foram verificadas para a expectativa para o resto do mandato. Foram realizadas 1.000 entrevistas de abrangência nacional, nos dias 16, 17 e 18 de maio.
Economia e isolamento
A pesquisa também mostra uma piora na percepção do rumo da economia. Subiu de 52% para 57% a taxa daqueles que avaliam que a área está no rumo errado, enquanto que veem a economia no caminho certo caiu de 32% para 28%.
Os entrevistados foram questionados também sobre impactos da crise causada pelo coronavírus. Para 68%, o pior ainda está por vir, enquanto 22% avaliam que o pior já passou. Estas taxas seguem inalteradas há um mês.
A atuação de Bolsonaro na crise é vista como boa ou ótima por 21% e como ruim ou péssima por 58%, também os piores números para o presidente desde o início da pandemia.
A avaliação dos governadores também piorou: a taxa de ótimo/bom foi de 53% para 46%, enquanto a de ruim e péssima foi de 16% para 23%.
Segue alto o apoio ao isolamento social. Para 76%, ele é a melhor forma de se prevenir e tentar evitar o aumento da contaminação, enquanto 7% discordam. Já 14% consideram que ele está sendo exagerado.
57% dos entrevistados defendem que o isolamento deve prosseguir até que o risco de contágio seja pequeno.