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45% dos brasileiros fizeram sexo sem camisinha em 2013

Apesar de 94% da população saber da importância do uso da camisinha para prevenir doenças, 45% das pessoas sexualmente ativas não usaram o preservativo em 2013

Camisinha contra Aids: segundo o Ministério da Saúde, 734 mil pessoas vivem com HIV no Brasil (Stock.xchng)
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Da Redação

Publicado em 28 de janeiro de 2015 às 17h13.

Última atualização em 5 de abril de 2021 às 16h30.

Os brasileiros sabem a importância do uso da camisinha na prevenção de doenças sexualmente transmissíveis , um número próximo a 94% da população.

No entanto,  45% dos sexualmente ativos não usaram preservativo em relações ocasionais em 2013, percentual estável desde 2004.

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Os dados são de uma pesquisa do Ministério da Saúde , que entrevistou 12 mil pessoas na faixa etária de 15 a 64 anos.

O levantamento aponta que entre 2004 e 2013 aumentou de 4,1% para 12,1% a proporção de brasileiros que teve mais de cinco parceiros no último ano.

A pesquisa mostra também que, enquanto em 2004 pouco mais de 19% da população, entre 15 e 64 anos, teve mais de dez parceiros sexuais na vida, em 2013 o número passou para 43,9%.

No lançamento da campanha de carnaval do Ministério da Saúde, o ministro Arthur Chioro disse que a mudança de comportamento determinou mudança de foco da campanha, que agora destaca o teste e o tratamento.

Serão distribuídas 120 milhões de camisinhas para a população.

“A gente nota uma certa mudança no comportamento sexual da população no decorrer dos anos. Uma das causas do crescimento da aids pode estar relacionada ao fato de a nova  geração ser mais liberal que a anterior”, disse Chioro.

O ministro ressalta que, por isso, o incentivo ao teste e ao tratamento devem fazer parte da campanha.

A estratégia agora é, além de estimular o uso da camisinha, como sempre foi feito,  convidar o jovem a fazer o teste de HIV, disponível gratuitamente nos postos de saúde, e começar logo o tratamento, caso o teste dê positivo.

“Você poderia considerar que é uma geração mais liberal e que se expõe mais. Mas como tem mais parceiros, tem um risco acrescido. A questão é que, se a gente insistir em fazer mais do mesmo, e ficar paralisado na camisinha, a chance de enfrentar [o problema] é menor”, defendeu o diretor do departamento especializado em doenças sexualmente transmissíveis e aids, do Ministério da Saúde, Fábio Mesquita.

Segundo o ministério, 734 mil pessoas vivem com HIV no Brasil.  A incidência do vírus é 20,4 casos por grupo de 100 mil habitantes, mas a prevalência sobe para 41,3 no Rio Grande do Sul e para 33,4 no Amazonas.

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