Brasileiros aprovam pena de morte ou prisão perpétua para estupradores
Três em cada quatro pessoas acreditam que a punição adequada para um estuprador seria pena de morte ou prisão perpétua; apenas 52% são contra a tortura, diz estudo da USP
Da Redação
Publicado em 5 de junho de 2012 às 18h06.
São Paulo - Pesquisa divulgada nesta quinta-feira pelo Núcleo de Estudos de Violência da USP revela que a população brasileira, ao mesmo tempo em que está mais exposta à violência, mostra-se também menos resistente a práticas como tortura para obtenção de provas de crimes . Os brasileiros pedem também penas mais duras que as previstas na legislação brasileira.
Três em cada quatro pessoas acreditam que a punição adequada para um estuprador seria a pena de morte ou prisão perpétua. Já para o marido que mata a mulher, este índice não chega a metade da população. “Em relação ao estuprador, é mais fácil (a sociedade) aceitar violência por parte da policia no interrogatório e sentenças pesadas para ele, mais até do que para terroristas”, afirma a coordenadora da pesquisa, Nancy Cardia. Hoje, a punição máxima no Código Penal é de 10 anos de prisão para crimes cometidos contra mulheres maiores de 18 anos.
Uma das razões para o endurecimento dos brasileiros pode ser a diminuição de pessoas livres de qualquer contato com a violência. Em 1999, quando a pesquisa foi realizada pela primeira vez, 20% dos entrevistados alegavam não ter assistido qualquer tipo de ato violento – assassinatos, roubos, agressões - nos últimos três meses nem ter sido vítima nos 12 meses anteriores. Em 2010, ano em que a atual pesquisa foi realizada, apenas 12% responderam da mesma maneira.
Os brasileiros estão também mais favoráveis à tortura. A porcentagem de pessoas que se diziam completamente contrárias à prática para obtenção de informações baixou de 71% para 52% dos entrevistados. E a quantidade de quem concorda totalmente ou em parte subiu sete pontos percentuais, para quase 30%.
A pesquisa foi realizada com mais de quatro mil pessoas em 11 capitais brasileiras: Porto Alegre, São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Salvador, Recife, Belém, Manaus, Porto Velho, Goiânia e Fortaleza.
O estudo está disponível no site do Núcleo de Estudas da Violência da USP.
São Paulo - Pesquisa divulgada nesta quinta-feira pelo Núcleo de Estudos de Violência da USP revela que a população brasileira, ao mesmo tempo em que está mais exposta à violência, mostra-se também menos resistente a práticas como tortura para obtenção de provas de crimes . Os brasileiros pedem também penas mais duras que as previstas na legislação brasileira.
Três em cada quatro pessoas acreditam que a punição adequada para um estuprador seria a pena de morte ou prisão perpétua. Já para o marido que mata a mulher, este índice não chega a metade da população. “Em relação ao estuprador, é mais fácil (a sociedade) aceitar violência por parte da policia no interrogatório e sentenças pesadas para ele, mais até do que para terroristas”, afirma a coordenadora da pesquisa, Nancy Cardia. Hoje, a punição máxima no Código Penal é de 10 anos de prisão para crimes cometidos contra mulheres maiores de 18 anos.
Uma das razões para o endurecimento dos brasileiros pode ser a diminuição de pessoas livres de qualquer contato com a violência. Em 1999, quando a pesquisa foi realizada pela primeira vez, 20% dos entrevistados alegavam não ter assistido qualquer tipo de ato violento – assassinatos, roubos, agressões - nos últimos três meses nem ter sido vítima nos 12 meses anteriores. Em 2010, ano em que a atual pesquisa foi realizada, apenas 12% responderam da mesma maneira.
Os brasileiros estão também mais favoráveis à tortura. A porcentagem de pessoas que se diziam completamente contrárias à prática para obtenção de informações baixou de 71% para 52% dos entrevistados. E a quantidade de quem concorda totalmente ou em parte subiu sete pontos percentuais, para quase 30%.
A pesquisa foi realizada com mais de quatro mil pessoas em 11 capitais brasileiras: Porto Alegre, São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Salvador, Recife, Belém, Manaus, Porto Velho, Goiânia e Fortaleza.
O estudo está disponível no site do Núcleo de Estudas da Violência da USP.