11 dados para quem quer entender a mulher brasileira de hoje
Para começar a entender a mulher brasileira, o melhor é recorrer aos números. Entre conquistas e atrasos, elas estudam mais que os homens, mas ainda ganham menos
Da Redação
Publicado em 8 de março de 2013 às 09h58.
São Paulo – Hoje é Dia Internacional da Mulher, uma boa hora para comemorar as conquistas obtidas pelo sexo feminino no Brasil nos últimos anos. Dentre as principais, a liberdade para se casar e ter filhos mais tarde e uma renda que aumenta a um ritmo maior que a masculina.
A data, porém, pode ser usada para ver também o outro lado: na hora do contracheque , por exemplo, até as presidentes de grandes empresas ganham menos.
EXAME.com selecionou 11 dados que, para se celebrar ou não, ajudam a esclarecer o papel da mulher na sociedade brasileira hoje.
1) A renda delas cresce mais rápido que a deles
Entre 2003 e 2010, a renda de todas as mulheres brasileiras cresceu 83%, segundo o Data Popular. A deles, no mesmo período, subiu bem menos, 45%.
2) Mas ainda assim, elas só ganham o mesmo que os homens há 10 anos
Somando os ganhos de todas as mulheres do país em 2013, o montante atingido, R$ 1,1 trilhão, é o mesmo da renda dos homens – em 2003.
3) E elas ainda estudam mais
Na média da população brasileira, elas têm 10,7 anos de estudo, enquanto eles ficam com 9,2 anos, de acordo com o IBGE. Isso no mercado de trabalho formal, entre as pessoas com mais de 16 anos.
Mas mesmo considerando aqueles cidadãos sem carteira assinada, a lógica se mantém: elas passaram 7,3 anos na escola; os homens, 6,1.
4) Só que quanto mais estudam, maior a diferença dos salários delas para o deles...
A mulher analfabeta ganha 85% do salário de um homem também analfabeto. Se ela e ele têm curso superior, então a diferença aumenta: aí ela só consegue 60% do rendimento masculino, segundo o Ministério do Trabalho.
5) ... E isso vale até para CEOs
E engana-se quem acha que as diferenças de ganhos só valem para empregos que ninguém quer: embora com soldos ainda invejosos, até mulheres CEOs ganham menos que os homens com cargos correspondentes. Quarenta e dois por cento a menos, no caso.
6) E são elas que ainda dão conta dos dois turnos
Pode ser que na casa de várias pessoas as tarefas já sejam divididas de comum e simétrico acordo por homens e mulheres, mas, no Brasil, as mulheres ainda prevalecem na hora de se sobrecarregar com os afazeres domésticos.
Segundo o IBGE, caso fossem consideradas apenas as horas passadas no emprego, no final da semana os homens teriam trabalhado mais. Mas jogue na balança o que é feito em casa, então as mulheres passam 63,9 horas ocupadas por semana. Eles, 53,7.
7) Filho depois dos 30 já não assusta...
São números do IBGE: no ano 2000, era mais comum encontrar adolescentes entre 15 e 19 anos grávidas que mulheres entre 30 a 34. No Censo de 2010, a realidade se inverteu, e o percentual de mulheres que engravidam no segundo intervalo passou de 14,4 para 18,3% do total. A maioria das gravidezes, porém, ainda ocorre na casa dos 20 anos.
.8) .. E marido também não
Também é o IBGE que constata: no começo deste século, uma em cada 10 noivas tinha entre 30 e 34 anos ao subir o altar. Em 2011, já eram duas em cada 10. Parte da causa são os casamentos mais tardios, simplesmente. Outra, porém, são os chamados recasamentos.
9) A quantidade de filhos que elas têm já não repõe a população brasileira
A média de filhos das brasileiras hoje é de 1,9 bebê por mulher. A chamada taxa de reposição de um país precisa ser de 2,1 filhos.
10) Elas ainda são mais vítimas de violência
Na rede pública de saúde, 2,5 vezes mais mulheres do que homens precisam de atendimento vítimas de violência. A Lei Maria da Penha ainda tem um longo caminho no país.
11) As mulheres brasileiras são poderosas internacionalmente
O Brasil tem duas representantes entre as 20 mulheres mais poderosas do mundo na lista elaborada pela Forbes. A saber: Dilma Rousseff e Graça Foster, da Petrobras.
São Paulo – Hoje é Dia Internacional da Mulher, uma boa hora para comemorar as conquistas obtidas pelo sexo feminino no Brasil nos últimos anos. Dentre as principais, a liberdade para se casar e ter filhos mais tarde e uma renda que aumenta a um ritmo maior que a masculina.
A data, porém, pode ser usada para ver também o outro lado: na hora do contracheque , por exemplo, até as presidentes de grandes empresas ganham menos.
EXAME.com selecionou 11 dados que, para se celebrar ou não, ajudam a esclarecer o papel da mulher na sociedade brasileira hoje.
1) A renda delas cresce mais rápido que a deles
Entre 2003 e 2010, a renda de todas as mulheres brasileiras cresceu 83%, segundo o Data Popular. A deles, no mesmo período, subiu bem menos, 45%.
2) Mas ainda assim, elas só ganham o mesmo que os homens há 10 anos
Somando os ganhos de todas as mulheres do país em 2013, o montante atingido, R$ 1,1 trilhão, é o mesmo da renda dos homens – em 2003.
3) E elas ainda estudam mais
Na média da população brasileira, elas têm 10,7 anos de estudo, enquanto eles ficam com 9,2 anos, de acordo com o IBGE. Isso no mercado de trabalho formal, entre as pessoas com mais de 16 anos.
Mas mesmo considerando aqueles cidadãos sem carteira assinada, a lógica se mantém: elas passaram 7,3 anos na escola; os homens, 6,1.
4) Só que quanto mais estudam, maior a diferença dos salários delas para o deles...
A mulher analfabeta ganha 85% do salário de um homem também analfabeto. Se ela e ele têm curso superior, então a diferença aumenta: aí ela só consegue 60% do rendimento masculino, segundo o Ministério do Trabalho.
5) ... E isso vale até para CEOs
E engana-se quem acha que as diferenças de ganhos só valem para empregos que ninguém quer: embora com soldos ainda invejosos, até mulheres CEOs ganham menos que os homens com cargos correspondentes. Quarenta e dois por cento a menos, no caso.
6) E são elas que ainda dão conta dos dois turnos
Pode ser que na casa de várias pessoas as tarefas já sejam divididas de comum e simétrico acordo por homens e mulheres, mas, no Brasil, as mulheres ainda prevalecem na hora de se sobrecarregar com os afazeres domésticos.
Segundo o IBGE, caso fossem consideradas apenas as horas passadas no emprego, no final da semana os homens teriam trabalhado mais. Mas jogue na balança o que é feito em casa, então as mulheres passam 63,9 horas ocupadas por semana. Eles, 53,7.
7) Filho depois dos 30 já não assusta...
São números do IBGE: no ano 2000, era mais comum encontrar adolescentes entre 15 e 19 anos grávidas que mulheres entre 30 a 34. No Censo de 2010, a realidade se inverteu, e o percentual de mulheres que engravidam no segundo intervalo passou de 14,4 para 18,3% do total. A maioria das gravidezes, porém, ainda ocorre na casa dos 20 anos.
.8) .. E marido também não
Também é o IBGE que constata: no começo deste século, uma em cada 10 noivas tinha entre 30 e 34 anos ao subir o altar. Em 2011, já eram duas em cada 10. Parte da causa são os casamentos mais tardios, simplesmente. Outra, porém, são os chamados recasamentos.
9) A quantidade de filhos que elas têm já não repõe a população brasileira
A média de filhos das brasileiras hoje é de 1,9 bebê por mulher. A chamada taxa de reposição de um país precisa ser de 2,1 filhos.
10) Elas ainda são mais vítimas de violência
Na rede pública de saúde, 2,5 vezes mais mulheres do que homens precisam de atendimento vítimas de violência. A Lei Maria da Penha ainda tem um longo caminho no país.
11) As mulheres brasileiras são poderosas internacionalmente
O Brasil tem duas representantes entre as 20 mulheres mais poderosas do mundo na lista elaborada pela Forbes. A saber: Dilma Rousseff e Graça Foster, da Petrobras.