Porto de Paranaguá dobra para 3,2 milhões de toneladas exportação de soja para China no 1º tri
China é o principal destino das cargas de soja movimentadas no Porto de Paranaguá, representando 91,8% da commodity
Editor de Macroeconomia
Publicado em 19 de abril de 2024 às 13h50.
Última atualização em 19 de abril de 2024 às 13h51.
O Porto de Paranaguá, no Paraná, registrou um aumento de 105% no volume de soja exportada para a China nos três primeiros meses de 2024. Segundo a Portos do Paraná, controladora do porto, foram 3,2 milhões de toneladas da oleaginosa exportadas por ali numa comparação com 1,5 milhão no mesmo período do ano passado. Os dados são do Comex Stat, sistema de comércio exterior do governo federal.
De 2023 para 2024, o Porto de Paranaguá passou de terceiro para segundo lugar em movimentação nacional de soja com destino ao país asiático, com 20% do total, ficando atrás apenas de Santos (42,4%), representando $6,7 bilhões de FOB", diz a empresa, em nota.
“Mesmo com a quebra nacional na safra no Brasil, os portos paranaenses seguem movimentando com mais eficiência e atendendo a grande demanda chinesa. No primeiro trimestre registramos recorde de movimentação histórica geral, o que comprova a excelência dos portos na dinâmica das operações”, afirma o diretor-presidente da Portos do Paraná, Luiz Fernando Garcia.
Segundo a Portos do Paraná, quedas das safras da commodity na Argentina — terceiro maior produtor do mundo e que passou por anos duros no campo — podem ter influenciado a busca chinesa pela soja nacional.
China, o destino preferencial da soja que sai do Paraná
Com isso, a China foi o destino de 91,8% da exportação de soja movimentada no Porto de Paranaguá.
No ano passado, o porto bateu recorde histórico de movimentação, em 65 milhões de toneladas, em produtos em geral.
Segundo o secretário da Agricultura e do Abastecimento do Paraná, Norberto Ortigara, o estado caminha a passos largos na diversificação de produtos. “Mas a soja continua a ser nossa principal cultura ocupando 29% do território agricultável”, diz, em nota.
Ao mesmo tempo em que o estado tem contribuído para atender a demanda internacional pela soja, salienta Ortigara, também trabalha para "agregar valor ao produto, transformado em ração, o que garante ao estado a liderança nacional em proteína animal e os bons números na exportação de frangos, suínos e peixes".