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Plano Safra 24/25: ministro confirma valor de R$ R$ 475,5 bilhões

Setor de agricultura empresarial receberá R$ 400,58 bilhões em crédito, com R$ 293,88 bilhões destinados ao custeio e comercialização e R$ 106,7 bilhões para investimentos

(Agência Brasil/Agência Brasil)
César H. S. Rezende

Repórter de agro e macroeconomia

Publicado em 28 de junho de 2024 às 15h17.

Última atualização em 28 de junho de 2024 às 15h31.

O ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, confirmou nesta sexta-feira, 28, que o Plano Safra 2024/25 será de R$ R$ 475,5 bilhões. "Se o Fávaro disse, então eu confirmo", disse Teixeira aos jornalistas no Global Agribusiness Forum 2024 (GAFFFF).

A informação havia sido dada na quinta-feira, 27, pelo ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, ao Valor Econômico, mas a pasta não havia confirmado o montante.

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O setor de agricultura empresarial receberá R$ 400,58 bilhões em crédito, com R$ 293,88 bilhões destinados ao custeio e comercialização e R$ 106,7 bilhões para investimentos. Já a agricultura familiar contará com R$ 74,98 bilhões em crédito para apoiar suas atividades.

Equalização de juros e seguro rural

Segundo divulgado, o custo com equalização de juros do Plano Safra terá um aumento de 23%, totalizando R$ 16,7 bilhões. Para a agricultura empresarial, o Tesouro Nacional destinará R$ 6,3 bilhões para equalização de juros, em comparação aos R$ 5,1 bilhões da safra atual. Já para a agricultura familiar, o investimento será de R$ 10,4 bilhões, ante R$ 8,5 bilhões liberados no ano passado.

O principal objetivo do Plano Safra é garantir o financiamento necessário para que os produtores possam investir em tecnologias, insumos, e infraestrutura, aumentando a produtividade e a competitividade da agricultura brasileira.

A parte subsidiada do Plano Safra é constituída pelos recursos disponibilizados diretamente pelo governo. Esse subsídio pode ser concedido de várias maneiras, como na equalização de juros, onde o governo cobre parte dos custos dos juros dos empréstimos concedidos aos agricultores, diminuindo assim a taxa de juro que eles precisam pagar.

A bancada do agronegócio na Câmara dos Deputados espera um montante de R$ 20 bilhões para a equalização de juros, além da destinação de R$ 2,5 bilhões para o Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR).

Em entrevista à EXAME, o deputado federal Arnaldo Jardim (Cidadania-SP), membro da Frente Parlamentar Agropecuária (FPA), afirmou que o Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR) deveria receber um valor superior ao destinado no ano passado, quando o governo alocou pouco mais de R$ 1 bilhão. No entanto, conversas de bastidores, segundo Jardim, indicam que o governo provavelmente repetirá o mesmo valor.

"O valor das taxas de juro, dos depósitos à vista e do seguro rural ainda estão pendentes para que possamos fazer uma avaliação definitiva do Plano Safra. Em relação ao seguro, houve uma redução na área segurada em comparação à área plantada. Dois anos atrás, 13% da área plantada estava coberta, mas no ano passado caiu para 11%. Devido às mudanças climáticas e à necessidade de ampliar essa cobertura, solicitamos R$ 3 bilhões, mas o pedido não foi atendido. Há rumores de que o valor será o mesmo do ano passado, o que é insuficiente. É muito pouco", afirmou o deputado.

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