Como consequência, o município de Talismã registrou prejuízos de 95% na área plantada e 45% nas áreas de pastagens. A falta de chuva também provoca a morte dos animais, o que impacta diretamente na renda e, muitas vezes, no sustento das famílias de zona rural.
Este é só um exemplo de como a falta de chuvas regulares no Tocantins tem impactado a agropecuária local, deixando a Associação dos Produtores de Soja (Aprosoja-Tocantins) em alerta. Caroline Schneider Barcelos, presidente da entidade no estado, afirma que o atraso na semeadura da soja e a perda de produtividade já recai sobre o milho segunda safra.
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Novo prazo para plantio
Para amenizar a situação crítica, representantes do agronegócio local se mobilizaram junto ao governo do estado e levaram o pedido de ajuda ao Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). Depois disso, o ministro Carlos Fávaro estendeu o prazo permitido para o plantio no estado. O período para plantar é definido no Zoneamento Agrícola de Risco Climático (ZARC), a fim de garantir condições adequadas para o desenvolvimento das culturas.
Diante da realidade tocantinense, os produtores rurais têm até o dia 20 de janeiro para concluir a semeadura.
Além disso, o governo do estado também solicitou ao Ministério da Agricultura a prorrogação do prazo de pagamento dos financiamentos feitos para investimento e custeio da produção agropecuária, contraídos em 2023 e com prazo de pagamento para 2024. Esta medida busca oferecer suporte aos produtores que enfrentaram dificuldades em razão das condições climáticas adversas.
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Valor Bruto da Produção
De acordo com o Mapa, o Valor Bruto de Produção (VBP) do Tocantins em 2023 atingiu a marca de R$ 18,4 bilhões, leve recuo em relação aos R$ 18,6 bilhões alcançados em 2022 e uma diminuição mais expressiva em comparação aos R$ 19,1 bilhões registrados no ano antecedente.
Em termos nacionais, o VBP do Tocantins contribui com 1,7% do VBP total do Brasil, ocupando a 13ª posição no ranking dos estados que mais colaboram para o VBP nacional. As lavouras respondem por 73% do VBP do Estado em 2023, enquanto as atividades pecuárias representaram os 27% restantes.
A soja liderou o faturamento com R$ 9,1 bilhões, ante os R$ 8,9 bilhões de 2022. Em contrapartida, a bovinocultura de corte, a segunda atividade mais relevante, registrou queda significativa, passando de R$ 5,3 bilhões em 2022 para R$ 4,4 bilhões em 2023.