Evo Morales pensa em retirar Bolívia da CIDH
Segundo Morales, o organismo é dependente dos Estados Unidos, manipulado pela direita e tem como objetivo julgar outras nações
(EXAME.com)
18 de março de 2013, 14h42
La Paz - O presidente da Bolívia, Evo Morales, pleneja retirar seu país da Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) pois segundo sua opinião o organismo é dependente dos Estados Unidos, é manipulado pela direita e tem como objetivo julgar outras nações.
"Estou pensando seriamente em nos retirar da CIDH, que tem sede nos Estados Unidos e os Estados Unidos não ratificaram nenhum acordo de defesa dos direitos humanos", disse o líder boliviano em entrevista coletiva.
"Eu considero a CIDH como outra base militar", disse Morales, para quem o organismo é financiado pelos Estados Unidos para "tentar julgar os países".
A sede da CIDH, um órgão autônomo da Organização dos Estados Americanos (OEA), fica em Washington, mas os Estados Unidos não ratificaram a Convenção Americana de Direitos Humanos, o principal instrumento sobre o tema no continente.
Morales acrescentou que "a direita pró-capitalista e pró-imperialista usa a CIDH" e que a OEA enviava missões à Bolívia para defender e não condenar presidentes e governos "que estavam massacrando o povo boliviano".
"Após conhecer e seguir conhecendo estas instituições, pessoalmente estou fazendo uma profunda avaliação, que é melhor renunciar, nos retirar, não levar em conta", argumentou Morales.
"Isso não significa violar os direitos humanos, mas também queremos dignidade e soberania e colocar esta classe de instituições em seu lugar", acrescentou o líder.
Morales falou do tema ao se referir ao processo que um grupo de indígenas abriu na CIDH contra o presidente por ser oporem a intenção do governo de construir uma estrada na reserva ecológica Território Indígena Parque Nacional Isiboro Sécure (TIPNIS). EFE
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